Cenipa chega a Aquidauana para investigar acidente aéreo no Pantanal

- Cenipa investiga acidente aéreo em Aquidauana; queda de Cessna 175 deixou quatro mortos e mobilizou FAB e Polícia Civil.
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  • Post publicado:25 de setembro de 2025

A equipe do Cenipa desembarca nesta quinta-feira (25) em Aquidauana para dar início à investigação do acidente aéreo que matou quatro pessoas após a queda de um monomotor Cessna 175.

As primeiras apurações começaram ainda na noite do acidente, conduzidas por uma equipe da Polícia Civil especializada em ocorrências aéreas, vinculada ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). O local foi isolado e testemunhas foram ouvidas. A aeronave caiu em área de mata, a cerca de 100 km do centro de Aquidauana.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a investigação será concluída no menor prazo possível, mas destacou a complexidade do caso e a necessidade de identificar todos os fatores contribuintes. O Cenipa reforçou que só se pronuncia oficialmente por meio da publicação do Relatório Final SIPAER, conforme previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565/1986).

Lula lamenta acidente aereo que deixou quatro mortos no Pantanal acidente aéreo

A delegada Ana Cláudia Medina, titular do Dracco, relatou que a aeronave decolou por volta das 7h, sobrevoou três fazendas e, já no fim do dia, tentou pousar na pista da Fazenda Barra Mansa.

Ele veio com uma performance não muito alinhada para o primeiro pouso, aí, quando vinha para o segundo pouso, as testemunhas já perderam a localização da aeronave”, disse. Minutos depois, moradores avistaram fumaça e encontraram os destroços.

Entre as vítimas estavam o piloto Marcelo Pereira de Barros, 59 anos, o arquiteto chinês Kongjian Yu, o cineasta brasileiro Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e o documentarista Rubens Crispim Jr.. Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o arquiteto e os dois diretores estavam no Pantanal desde o sábado (20) e retornariam a Campo Grande na terça-feira, dia do acidente.

Acidente em Aquidauana matou o arquiteto Kongjian Yu, os cineastas Luiz Fernando Ferraz e Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Barros.

A aeronave possuía registro regular na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas não tinha autorização para operar como táxi aéreo. A Polícia Civil apura se o piloto possuía certificação que permitisse voos comerciais.

A Anac esclareceu que voos panorâmicos pagos se enquadram como Serviços Aéreos Especializados, regulamentados pelo RBAC nº 136. A norma define que esses passeios devem ter decolagem e pouso no mesmo ponto, sem escalas, e exige certificação específica, operação sob regras de voo visual e manutenção rigorosa das aeronaves.

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