O eclipse lunar total que ocorrerá neste domingo (7) promete ser o mais longo de 2025, com 1 hora e 22 minutos de fase total. Popularmente chamado de “Lua de Sangue” pelo tom avermelhado que assume durante o alinhamento entre Terra, Sol e Lua, o fenômeno será amplamente visível em regiões como Europa Central, Ásia, costa leste da África, oeste da Austrália e Antártida.
No Brasil, a observação direta não será possível, já que o início do eclipse está previsto para 12h28 (horário de Brasília), antes do nascer da Lua. Em algumas cidades do Nordeste, como Natal, apenas a fase penumbral coincidirá com o início da noite, mas de forma tão sutil que não será perceptível a olho nu.
Mesmo assim, os brasileiros poderão acompanhar a transmissão ao vivo feita pelo Observatório Nacional, a partir das 12h, no canal oficial da instituição no YouTube. Astrônomos e especialistas comentarão em tempo real as imagens captadas de diferentes pontos do planeta.
O efeito avermelhado da Lua ocorre porque a luz solar, ao atravessar a atmosfera terrestre, sofre dispersão: as ondas azuis são filtradas e os tons vermelhos e alaranjados são projetados sobre o satélite. Em raras ocasiões, a luz pode atravessar a camada de ozônio de forma a dispersar fótons azuis, criando uma tonalidade azulada incomum.
Segundo estimativas, cerca de 7,19 bilhões de pessoas — aproximadamente 85% da população mundial — estarão na área de visibilidade do eclipse. Destas, 4,9 bilhões poderão assistir ao evento do início ao fim, caso o céu esteja limpo.
O próximo eclipse lunar total será em 2 de março de 2026, parcialmente visível no Brasil. Já em 26 de junho de 2029, o país poderá acompanhar um evento completo, com duração máxima de 1h42. Antes disso, em 21 de setembro de 2025, ocorrerá um eclipse parcial do Sol, restrito à Antártida.