No dia 7 de setembro de 2025, um eclipse lunar total vai transformar a Lua, por pouco mais de uma hora, em um disco avermelhado visível em várias partes do mundo. Conhecido popularmente como lua de sangue, o fenômeno será observado integralmente em regiões da Europa, África, Ásia e Oceania. No Brasil, a visibilidade será parcial, mas será possível acompanhar todas as fases por transmissões online de observatórios e canais especializados.
O eclipse lunar total acontece quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite natural. A luz solar que atravessa a atmosfera terrestre sofre dispersão: as ondas de luz azul se espalham mais, enquanto os comprimentos de onda avermelhados conseguem passar e atingir a superfície lunar. É esse processo que provoca a coloração característica.
A intensidade da cor pode variar de um vermelho profundo a um tom acobreado, dependendo de fatores como poluição atmosférica, poeira em suspensão, cinzas de erupções vulcânicas e fumaça de incêndios florestais. Essas condições influenciam a forma como a luz é filtrada e, por isso, cada lua de sangue apresenta um aspecto único.
Diferente de um eclipse solar, que exige proteção ocular, o eclipse lunar pode ser observado a olho nu sem riscos. Para quem estiver em áreas com visibilidade parcial, a recomendação é buscar locais com horizonte desobstruído e baixa poluição luminosa. O uso de binóculos ou telescópios simples pode melhorar a experiência, mas não é indispensável.

Fenômenos como este não são raros, mas a visibilidade total varia conforme a localização geográfica. Eclipses lunares totais ocorrem, em média, algumas vezes por década, mas nem sempre podem ser vistos de forma ampla no território brasileiro. O evento de setembro será o único do ano com totalidade prolongada, estimada em cerca de 82 minutos.
Além do impacto visual, o eclipse é uma oportunidade para compreender melhor a dinâmica orbital entre Terra, Sol e Lua. Astrônomos destacam que eventos desse tipo ajudam a popularizar o interesse pela ciência e incentivam a observação do céu noturno, aproximando o público de conceitos astronômicos de forma acessível.
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