Operação conjunta apreende cocaína e 5 toneladas de mercadorias irregulares em MS

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  • Post publicado:28 de julho de 2025

A fiscalização em áreas de fronteira voltou a evidenciar o uso intenso de rotas clandestinas para o tráfico de drogas e o transporte irregular de produtos. Entre a sexta-feira (25) e a manhã de segunda (28), uma operação conjunta realizada em Mato Grosso do Sul apreendeu 2,2 quilos de cocaína e cerca de cinco toneladas de mercadorias sem comprovação fiscal.

As ações de combate aos crimes transfronteiriços ocorreram em pontos distintos, como o Posto Esdras, o Lampião Aceso e estradas vicinais da região. A operação envolveu equipes da Receita Federal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Polícia Militar, que atuaram em conjunto nas abordagens a veículos, ônibus de linha regular e coletivos de turismo clandestino.

Durante a abordagem a um dos ônibus, o cão farejador da Receita sinalizou a presença de entorpecentes. Dois passageiros bolivianos foram levados ao hospital, onde exames confirmaram a presença de cápsulas ingeridas com substância semelhante à cocaína. No total, foram retiradas 100 cápsulas do organismo de cada um, totalizando 2,2 quilos da droga. Ambos foram conduzidos à Polícia Federal após a expulsão completa do material.

Além da apreensão de cocaína, a operação também interceptou produtos incomuns, como 20 fetos de lhama e 10 de porco. Segundo os agentes, esses itens são levados a São Paulo para uso em rituais promovidos por comunidades andinas, especialmente entre os meses de agosto e dezembro. Apesar da prática, o transporte representa risco sanitário à agropecuária nacional, pois os produtos entram sem qualquer controle sanitário.

As mercadorias apreendidas incluíam ainda roupas, combustíveis e produtos fitossanitários, todos sem a devida autorização dos órgãos de fiscalização. Ao todo, foram recolhidas cinco toneladas de produtos irregulares, que seriam inseridos no mercado nacional sem qualquer tipo de controle.

Segundo os responsáveis pela ação, o objetivo da força-tarefa é intensificar o combate ao tráfico de drogas, proteger a produção agropecuária e impedir a entrada de mercadorias que possam comprometer a saúde pública ou prejudicar o comércio regular. As apreensões, segundo a Receita Federal, reforçam a necessidade de vigilância constante nas regiões de fronteira.

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