O Supremo Tribunal Federal (STF) converteu, neste sábado (7), a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em definitiva, determinando o início do cumprimento da pena de 10 anos de reclusão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além da decisão sobre a prisão, o ministro Alexandre de Moraes notificou a Câmara dos Deputados sobre a extinção do mandato da parlamentar, ordenando que a Mesa Diretora oficialize a perda do cargo.
Extradição e cumprimento imediato da pena
✔ Documentação enviada ao Ministério da Justiça para formalizar o pedido de extradição de Zambelli, que deixou o Brasil após a condenação.
✔ Nome incluído na lista vermelha da Interpol, permitindo que seja presa em qualquer país que tenha acordo de cooperação.
✔ Trânsito em julgado – A decisão do STF encerra todas as possibilidades de recurso, tornando a pena definitiva.
Condenação e crimes atribuídos
📌 Invasão ao sistema do CNJ – Zambelli foi considerada autora intelectual do ataque, executado pelo hacker Walter Delgatti Netto.
📌 Manipulação de documentos – A deputada inseriu um mandado de prisão falso contra Moraes no sistema do CNJ.
📌 Incitação de atos antidemocráticos – Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os crimes foram cometidos para obter vantagem midiática e política.
Outro processo criminal e fuga para a Europa
✔ Caso do porte de arma – Zambelli responde a outro processo no STF por perseguir armada o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
✔ Fuga do Brasil – Após a condenação, a deputada deixou o país e fixou residência na Europa, alegando cidadania italiana para evitar extradição.
A decisão do STF reforça a execução imediata da pena, sem necessidade de aguardar a publicação do acórdão final.