Zambelli entra na lista vermelha da Interpol após ordem de prisão de Alexandre de Moraes

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  • Post publicado:5 de junho de 2025

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, que permite a localização e prisão de procurados em mais de 190 países. A inclusão foi feita a pedido da Polícia Federal, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a parlamentar deixar o país mesmo estando condenada.

Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por inserir documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, entre eles um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Moraes.

Segundo a apuração, a deputada atravessou a fronteira do Brasil com a Argentina pela região de Foz do Iguaçu e, inicialmente, estava na Flórida, nos Estados Unidos. No entanto, informações mais recentes apontam que ela pode ter seguido para a Itália, país onde possui cidadania.

Prisão preventiva decretada

Na quarta-feira (4), Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou a prisão preventiva de Zambelli. A decisão foi tomada após o descumprimento de medidas cautelares e o risco de fuga já consumado com a saída do país.

A deputada está agora oficialmente foragida da Justiça brasileira e poderá ser presa fora do país, caso seja localizada pelas autoridades internacionais com base na difusão vermelha.

Defesa critica decisão do STF

Em nota pública, Zambelli criticou a decisão de Moraes e afirmou que vai denunciar o caso em fóruns internacionais. “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores”, declarou a parlamentar.

A deputada também questiona o fato de a decisão ter sido tomada de forma monocrática, ou seja, sem análise do plenário do STF.

Outras mulheres brasileiras na lista vermelha

Com a inclusão de Zambelli, o Brasil passa a ter sete mulheres na lista de difusão vermelha da Interpol. Entre os crimes pelos quais são procuradas estão tráfico de drogas, tortura e falsificação de documentos.

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