A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (10), um homem suspeito de iniciar um incêndio de grandes proporções no Pantanal, região de Corumbá, durante o período de festas juninas. Identificado como Carlos, o suspeito também foi multado em R$ 50 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo a PF, o incêndio seria parte de um esquema para liberar área de pastagem para gado.
A investigação, deflagrada na Operação Arraial São João, indica que Carlos e seus familiares vinham utilizando práticas criminosas para explorar ilegalmente terras da União. Entre os alvos da operação estão outros membros de sua família, incluindo Carlinhos Boi e Antônio Carlos de Borges Martins, conhecidos por atuarem na criação de gado na região.
A operação, realizada em conjunto com o Ibama e a IAGRO/MS, revelou uma série de delitos, que incluem:
- Incêndio florestal criminoso;
- Condições de trabalho que podem caracterizar trabalho análogo à escravidão;
- Ocupação ilegal de terras públicas;
- Falsificação de documentos e outras fraudes;
- Organização criminosa.
Com o uso de drones, foram mapeados cerca de 6.550 hectares afetados pelas queimadas, que impactaram severamente o bioma pantaneiro, prejudicando a fauna, a flora e as comunidades locais. A operação visa frear práticas ilegais que, além de destruir o meio ambiente, afetam diretamente a economia da região.
A Polícia Federal segue na apuração dos fatos para determinar a responsabilidade de todos os envolvidos e tomar medidas que impeçam futuras práticas ilegais no Pantanal.
