Baseado no livro “O Fazedor de Amanhecer”, de Manoel de Barros, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano já iniciou os preparativos para o espetáculo em formato de aula pública, do Moinho In Concert 2024, que tem data marcada para 14 de dezembro, na Praça Generoso Ponce, em Corumbá (MS).
Para comemorar os 20 anos da instituição, que se completa agora em 2024, o Instituto homenageia novamente o poeta Manoel de Barros. Nos anos de 2007, 2013 e 2017, os temas ‘manoelísticos’ trabalhados foram das obras “Faz de Conta”, “O Segredo da Brincadeira” e “Nossa Gênese”.
Neste mês de agosto os preparativos para o grande evento se aceleram, conforme explica o multiartista, Arce Correia, atual responsável pelas formações de expressividade corporal e vocal, além de interpretação, que com o apoio do SESC MS está realizando oficinas e workshops para os participantes do Moinho Cultural.
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Arce também contribuirá na interpretação do personagem que narra a história e costura as cenas. Segundo ele, as apresentações seguirão uma sequência e farão referência à obra de Manoel.
”Poder participar, estar em cena com eles (integrantes do Moinho Cultural), me dá mais ferramentas para que eu possa elaborar um texto que tenha coerência com a proposta do espetáculo e com o objetivo de formação das pessoas”, destaca o multiartista.
O evento, que já reúne mais de 500 pessoas na organização, seja como músicos, bailarinos ou produção, quer contribuir com o desenvolvimento dos participantes, a partir da relação próxima com a cultura da região pantaneira, entendendo o conhecimento multifacetado como ampliador de perspectivas e possibilidades.
Já Márcio de Camillo, cantor e compositor sul-mato-grossense, fará uma participação especial no Moinho In Concert com duas músicas. Ele que já conhece o Instituto fala sobre a essencialidade de um projeto social que abraça tantas áreas.
“Quando surgiu o Moinho Cultural eu percebi a importância que era ter uma escola de mágicas e encantamento no meio do Pantanal. Neste santuário, que representa o que há de mais nobre na vida, que é sonhar. Parafraseando Mário Quintana, uma vida não basta ser vivida, ela precisa ser sonhada, e o Moinho é isso, é viver sonhando e construindo sonhos.”, destacou Camillo.
Para Márcia Rolon, fundadora e diretora-executiva do Moinho Cultural, realizar mais um grande evento como este do Moinho In Concert, ainda mais comemorando 20 anos de organização, é a prova de que iniciativas que misturam aprendizagem e cultura geram frutos cada dia mais generosos para o mundo.
“A poesia de Manoel é um constante aprendizado, tanto que estamos resgatando essa narrativa duas décadas depois de fundarmos o nosso Instituto. A possibilidade de inserir nossas crianças e adolescentes nessa experiência, reinventando interpretações, traz um ganho sem igual para eles, e assim o propósito do Moinho Cultural, de transformar a realidade local. vai se materializando”, conclui.