A Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) em Dourados, a 251 km de Campo Grande, concluiu na sexta-feira (23) as investigações que levaram ao indiciamento do pastor Evandro Luiz Baptista, de 53 anos, por violação sexual mediante fraude.
As investigações revelaram que Evandro teria abusado sexualmente de quatro mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, todas frequentadoras da igreja onde ele atuava como líder por mais de uma década. Segundo as denúncias, o pastor utilizava sua posição de líder espiritual para manipular as vítimas, persuadindo-as a participar de atos sexuais sob o pretexto de “cura espiritual”.
As vítimas relataram que os abusos ocorriam durante momentos de oração em montes e no templo da igreja, ainda em construção. Evandro teria alegado que os atos eram necessários para uma suposta “troca de energia vital” que visava a cura espiritual das mulheres.
A investigação também apurou que o pastor escolhia cuidadosamente as vítimas e as convencia a participar das atividades sob o argumento de que era uma determinação divina. Essas práticas geraram desconforto entre os membros da igreja, levando muitos a abandonarem a congregação.
Diante das evidências e das denúncias, a polícia solicitou e obteve a prisão preventiva de Evandro, que foi detido no dia 15 de agosto pela Guarda Municipal e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados.
Apesar das acusações, o pastor nega as alegações. Seu advogado, Rubens Dariu Saldivar Cabral, argumenta que Evandro manteve um relacionamento consensual com uma das mulheres e que as acusações são falsas. O advogado afirma possuir provas, incluindo mensagens e testemunhos, que supostamente demonstrariam que as relações foram consensuais.
O caso agora segue para análise do Poder Judiciário, onde a defesa pretende contestar as acusações e buscar a absolvição do pastor.