Após 98 dias de combate incessante, os incêndios florestais que assolaram o Pantanal sul-mato-grossense começam finalmente a dar trégua. Segundo boletim divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar na noite desta segunda-feira (8), o número de pontos críticos de monitoramento foi reduzido para seis, com apenas um foco ativo em Paraguai Mirim.
Equipes especializadas estão concentradas na região de Paraguai Mirim, onde o único foco ativo ainda persiste. A área já recebeu reforço aéreo com voos da aeronave KC390, visando conter o fogo e evitar que ele se espalhe novamente.
Embora Paraguai Mirim ainda exija atenção redobrada, outros cinco pontos de monitoramento apresentaram melhoras significativas. No Porto Sucuri, ao norte de Corumbá, os focos ativos foram completamente extintos. As equipes, no entanto, seguem em alerta máximo, reforçando as defesas preventivas e realizando monitoramento contínuo por terra, rio e com uso de drones.
O Pantanal de Nabileque também apresenta um cenário mais positivo, com a extinção de todas as chamas. A região, no entanto, ainda é considerada sensível às mudanças climáticas e variações de vento, exigindo monitoramento constante.
Na Nhecolândia (Rio Taquari), Abobral e Porto Rabicho, a situação se resume ao rescaldo de áreas com fumaça residual. Focos de incêndio que anteriormente ameaçavam essas regiões foram extintos e não representam mais riscos adicionais. Equipes terrestres e aéreas trabalham no combate às áreas remanescentes de fumaça, garantindo a completa extinção do fogo.
As condições climáticas atuais, com predominância de ventos do Sul e Sudoeste, queda de temperatura e chuvas em algumas áreas do Pantanal, estão contribuindo significativamente para o combate aos incêndios. Esse cenário favorável facilita o trabalho dos bombeiros e aumenta as chances de um controle definitivo do fogo.
A Operação Pantanal 2024, responsável pelo combate aos incêndios, conta com um efetivo de 92 bombeiros militares, sendo 57 diretamente envolvidos nas operações de combate em solo.