Pantanal pode ter cheia abaixo da média em 2024

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  • Post publicado:15 de janeiro de 2024

Corumbá (MS)- O Pantanal, um dos maiores ecossistemas do mundo, enfrenta um cenário preocupante neste início de ano. As chuvas, essenciais para a inundação do bioma, estão abaixo do esperado. Com isso, a expectativa para cheia deste ano, pode acontecer de maneira inferior à média histórica.

Essa é a estimativa do pesquisador Carlos Roberto Padovani, da Embrapa, que monitora o nível do rio Paraguai, o principal responsável pela cheia do Pantanal. Segundo ele, a média histórica da cheia é de 5,5 metros, mas em 2024, a previsão máxima é que chegue a 4,5 metros até março.

“Nós estamos com os níveis do rio muito baixo, abaixo da média histórica. Seria necessária uma quantidade de água maior do que o normal para chegar na média prevista, que é 4,5 metros. A cheia varia de ano para ano, e vai acontecer um pouco mais tarde, a partir de maio”, disse.

Os dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) confirmam a situação crítica do rio Paraguai. No dia 12 de janeiro de 2024, o rio Paraguai em Ladário registrou 48 centímetros, considerado estiagem. A média para o mês é de 168 cm. Em Porto Murtinho, o rio Paraguai marcou 150 centímetros, com a média de 314 centímetros para janeiro.

O pesquisador da Embrapa também apontou que o Pantanal sofre com as condições climáticas adversas, como a onda de calor e o fenômeno El Niño, que influenciam no cenário. Ele lembrou que o bioma já passou por períodos de estiagem severa, como de 1962 a 1973, e de cheia intensa, como em 1988, quando o rio Paraguai atingiu 6,64 metros.

A temporada de chuvas no Pantanal começa em outubro e segue até janeiro do ano seguinte, podendo se estender até março.

“As cheias do rio Paraguai dependem basicamente das chuvas que acontecem no Mato Grosso, porque lá o rio responde mais rapidamente. Mas no último trimestre não choveu muito”, afirmou Padovani.

*Com informações Campo Grande News

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