Namorada de pecuarista morre na Santa Casa de Campo Grande

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Garon Maia Filho, 42, ao lado da companheira, Ana Paula, de 27 anos (Foto: Instagram/Reprodução)

Ana Paula Pridonik, de 27 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande, na tarde desta terça-feira (1º), três dias após partida do companheiro, Garon Maia Filho, de 42 anos, que morreu em acidente aéreo, junto com o filho, de 11 anos. A engenheira civil foi socorrida no começo da tarde, com um tiro na cabeça, horas após o sepultamentos de pai e filho, no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

Ela estava na casa do casal, em um condomínio de luxo no Bairro Antônio Vendas, na Capital. Além do Corpo de Bombeiros, que fez os primeiros socorros e levou a moça para o hospital, as polícias Militar e Civil foram chamadas. A perícia técnica também esteve na residência, onde foi constatado que se trata de um caso de suicídio.

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Casal em avião; Garon Maia Filho era piloto experiente (Foto: Tik Tok/Reprodução)

Ana Paula chegou a casa acompanhada de familiares e foi para o quarto, quando foi possível ouvir um disparo, confirmou o delegado Felipe Paiva, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada). A arma usada, uma pistola, estava registrada em nome de Garon.

Em rede social, na manhã de ontem (31), ela postou foto junto com Garon e o enteado em preto e branco. No texto, escrito sobre a imagem, ela lamentava a tragédia.

A engenheira civil não escondia nas redes sociais o amor por Garon e filhos dele. Em novembro do ano passado, ela postou vídeo falando da tatuagem que fez em homenagem ao “namorido”, as letras G e M usadas por ele no avião e também para marcar o gado. “Não deixe para depois. O amanhã pode ser tarde ou nem existir…”, conclui na postagem.

Possivelmente, Ana Paula estava na Fazenda Uberaba, em Comodoro (MT), junto com o namorado e o enteado, quando os dois saíram de avião para abastecer a aeronave em Vilhena (RO), no fim da tarde de sábado, dia 29, e não voltaram mais. Há duas semanas, ela postou vídeo do pôr do sol na propriedade.

Nesta terça-feira, a mulher foi socorrida pelos bombeiros e deu entrada na Santa Casa de Campo Grande por volta das 13h10. A morte foi constatada por volta das 14h50.

Na tarde de ontem, cerca de uma hora após o início do velório, a moça chegou ao Cemitério Parque das Primaveras segurando um chapéu, que colocou sobre o caixão de Garon Maia Filho. Inconformada, a namorada dizia: “Perdi um pedaço de mim. Meu companheiro. Por quê?”.

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O acidente

O avião Beechcraft Baron G58 decolou do aeroporto de Vilhena (Rondônia), por volta de 17h50 de sábado (dia 29), e desapareceu do radar minutos depois. Na manhã de domingo (30), militares adentraram a pé na área de mata fechada e encontraram os destroços do monomotor e os corpos de pai e filho. A área do acidente fica na divisa entre Vilhena (RO) e Comodoro, em Mato Grosso.

Um grupo de busca e salvamento da FAB (Força Aérea Brasileira), com base na Capital de Mato Grosso do Sul, foi acionado para o resgate.

A aeronave com prefixo PT-ITE tinha 12 anos. Fabricada em 2011, conforme o RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro), o bimotor tinha permissão para fazer voos noturnos e estava com toda a documentação em dia.

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