A Polícia Civil indiciou nesta quarta-feira (26/07) uma mulher de 33 anos por acusar falsamente duas pessoas pelo crime de rufianismo, que consiste em tirar proveito da prostituição alheia. A mulher havia registrado um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), alegando que foi sequestrada, levada para um prostíbulo e obrigada a manter relações sexuais com vários clientes.
Segundo a delegada responsável pelo caso, a mulher relatou pegou um empréstimo de R$ 2 mil com uma pessoa, mas que outro indivíduo seria o encarregado de cobrar as parcelas semanais de R$ 285. Ela disse que na madrugada de sábado (22/07), o suposto cobrador bateu na porta do seu apartamento e disse que não aceitaria mais o pagamento dos juros, mas sim do valor total da dívida. Em seguida, ele a teria levado à força para uma casa onde funcionava um bordel, onde ela permaneceu até a manhã do dia seguinte.
A mulher afirmou que durante esse período foi forçada a fazer sexo com quatro homens e uma mulher, sem preservativos em alguns casos, e que depois foi levada de volta para casa. Ela disse que procurou atendimento médico e que estava com hematomas pelo corpo.
No entanto, após iniciar as investigações, a equipe do SEFEM (Setor Especializado em crimes sexuais e Feminicídio) da DEAM descobriu que a história era falsa e que a mulher havia inventado tudo para esconder da família que estava na “farra” com seus amigos. Ao ser confrontada, ela confessou a mentira e disse que não conhecia as pessoas que acusou, nem o local onde supostamente foi levada.
A delegada informou que a mulher foi indiciada por falsa comunicação de crime e calúnia, crimes que podem render de dois a oito anos de reclusão. Ela também disse que esse tipo de denúncia falsa prejudica o trabalho da polícia e desrespeita as vítimas reais de violência sexual.
Clique AQUI e faça parte da lista vip do FOLHA MS para receber as principais notícias em seu celular