Um bebê deu entrada no Hospital Dona Elmiria Silvério, em Sidrolândia, sem sinais vitais, logo após o nascimento. A Polícia Militar foi acionada após um casal chegar à unidade com o recém-nascido nos braços, alegando que a criança havia nascido sem vida.

A equipe médica estranhou a situação, pois o bebê apresentava rigidez cadavérica. Durante o interrogatório, o casal revelou que o parto ocorreu em sua residência, localizada em uma fazenda, durante a madrugada, enquanto estavam sozinhos com as crianças, e que decidiram realizar o parto por conta própria.

Após o nascimento, eles enterraram a placenta e o cordão umbilical na fazenda e esperaram até o amanhecer para buscar socorro. Somente quando o gerente da fazenda chegou, foram informados do ocorrido e se dirigiram ao hospital.

O casal alegou que, no momento do ocorrido, não tinham meios de pedir ajuda, pois não possuíam carro e alegaram que o telefone celular não funcionava no local onde estavam, mas havia acesso à internet. No entanto, o gerente da fazenda informou que o sinal de telefone era inexistente, impossibilitando o contato por ligação telefônica ou WhatsApp.

O médico responsável pelo atendimento verificou o histórico pré-natal da mãe e constatou que havia apenas um único atendimento registrado. A gestante alegou estar com aproximadamente 38 semanas de gestação.

Uma equipe de perícia foi até o local onde ocorreu o nascimento e o óbito do bebê para realizar as investigações necessárias. Segundo informações fornecidas pelo hospital, o bebê nasceu com 2645g e 48cm, apresentando um peso e tamanho considerados adequados para a idade gestacional.

O caso está sendo tratado como morte a esclarecer e os pais podem responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A polícia também vai apurar se houve negligência ou imprudência por parte do casal ao optar por um parto caseiro sem assistência adequada.

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