Quatro garimpeiros morrem em confronto com agentes federais na Terra Yanomami

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  • Post publicado:2 de maio de 2023

Quatro garimpeiros foram mortos em confronto com agentes federais na Terra Indígena Yanomami, na noite de domingo (30), segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Eles resistiram a uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no local. O ministério informou, em nota, que foram apreendidas armas de fogo de alto poder de fogo na ocasião.

“Entre os garimpeiros mortos, estava um procurado pela Justiça no Estado do Amapá. Com os criminosos, os agentes federais encontraram 11 armas: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre 45, de uso restrito. Os corpos foram levados para Boa Vista na noite de domingo”, disse o ministério.

A operação da polícia foi uma resposta aos ataques ocorridos na Terra Indígena Yanomami. Lideranças indígenas relataram que três yanomami foram atingidos por tiros na tarde de sábado (29) – um deles, um agente de saúde que trabalhava na comunidade, não resistiu aos ferimentos. As outras duas vítimas foram atendidas no posto de saúde da própria reserva e depois encaminhadas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas.

Na segunda-feira, a Polícia Federal (PF) foi até a comunidade Uxiú da Terra Indígena Yanomami para fazer a perícia do local e colher o depoimento preliminar de testemunhas.

Segundo o ministério, há evidências de que uma facção criminosa comanda o garimpo onde houve o tiroteio. Esse foi o quarto ataque contra equipes do Ibama desde o início da retomada do território Yanomami, em 6 de fevereiro.

Balanço

Segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente, após três meses de trabalho, foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Também foram apreendidas 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível, além de equipamentos usados por criminosos.

Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração de fevereiro a abril em relação ao mesmo período do ano passado.

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