Ministério da Saúde vai investigar gestão do dinheiro do SUS em Campo Grande

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  • Post publicado:15 de março de 2023

A suspensão do atendimento no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em função da greve dos médicos, e a paralisação da enfermagem da Santa Casa em Campo Grande serão investigadas pelo Ministério da Saúde.

De acordo com profissional ouvido pela CBN e responsável pela denúncia, o médico Ronaldo de Souza Costa, o volume de recursos encaminhado pelo governo Federal ao município de Campo Grande via Sistema Único de Saúde (SUS) não justifica as paralisações.

A greve dos médicos do Hospital de Câncer teve início no dia 22 de fevereiro e só acabou em 6 de março, quando os profissionais receberam os salários atrasados. Neste período, ao menos 500 atendimentos deixaram de ser feitos. O movimento só parou após prefeitura e governo do Estado aportarem mais R$ 6,1 milhões ao hospital.

hospital do cancer Ministério da Saúde

Pelo mesmo motivo os enfermeiros e técnicos de enfermagem da Santa Casa cruzaram os braços na última quinta-feira, dia 9. Em ambos os casos, os gestores das unidades hospitalares responsabilizaram a prefeitura de Campo Grande pelo atraso dos salários, já que não receberam do município o pagamento pelos serviços prestados.

A Santa Casa recebe da prefeitura pouco mais de R$ 26,1 milhões por mês, incluídos nesse montante repasses dos governos Estadual e Federal, além de recursos próprios da prefeitura.  Por sua vez, a gestão do Hospital de Câncer alega déficit mensal de R$ 770 mil.

Tanto a Santa Casa quanto o Hospital de Câncer são instituições privadas, apesar de filantrópicas. Na denúncia encaminhada ao Ministério da Saúde, Ronaldo Costa destaca que os pagamentos mensais para esses hospitais são milionários. No Hospital do Câncer os repasses ordinários mensais são superiores a R$ 3 milhões, enquanto que a Santa Casa recebe cerca de R$ 30 milhões por mês, sendo a maior parte desse valor investido via SUS.

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