Mãe e padrasto foram presos em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil acusados de espancar até a morte, uma criança de apenas dois anos de idade. Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, após levarem a menina já sem vida, para atendimento médico na UPA do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
De acordo com informações, a vítima teria dado entrada na unidade já sem vida e a analise médica preliminar feita na unidade de saúde, aponta que o óbito já teria ocorrido há pelo menos quatro horas antes do atendimento.
Segundo a equipe médica, a menina apresentava diversas lesões, múltiplos hematomas e sinais de ter sofrido violência sexual. O corpo também já apresentava rigidez cadavérica corroborando com a suspeita inicial de que a morte teria ocorrido muito tempo antes da mãe da criança buscar pelo atendimento.
A mãe e padrasto foram presos em uma ação conjunta com a Polícia civil e Guarda Civil Metropolitana. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e de acordo com o delegado responsável pelo caso, a mulher não teria apresentado nenhuma reação ao ser notifiada da morte ainda na UPA.
“Ela só demonstrou preocupada quando foi informada de que a polícia seria acionada” afirmou o delegado.
Segundo o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha, que atendeu o caso, são “várias ocorrências para uma criança de dois anos e sete meses”. O pai, de 28 anos, afirmou que quando a menina ia para sua casa notava que ela estava sendo espancada e já tinha registrado boletins de ocorrência.
Entre os 30 atendimentos anteriores à morte, em um deles a menina deu entrada com fratura na tíbia. O delegado afirma que o pai tinha todos os recursos para que essa criança fosse afastada do padrasto, de 25 anos.