Governo dispensa 11 gestores de saúde indígena e 43 chefes na Funai, incluindo 13 militares

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Crianças Yanomami resgatadas neste domingo, 22 de janeiro de 2023 — Foto: Weibe Tapeba/Sesai/Divulgação
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  • Post publicado:24 de janeiro de 2023

O governo federal dispensou dos cargos pelo menos 54 servidores que atuavam em órgãos e instâncias relacionadas à saúde e à assistência aos povos indígenas do país.

Na manhã de segunda-feira (23), o “Diário Oficial da União” informou a dispensa de 11 coordenadores regionais da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.

A lista incluiu o coordenador do distrito sanitário Leste de Roraima – que reforça a assistência dada aos yanomami no estado.

No fim da tarde, em uma edição especial do “Diário Oficial”, o governo publicou a dispensa de 43 chefes regionais e nacionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Desses 43, pelo menos 13 são militares.

A lista de baixas na Funai inclui 22 coordenadores regionais, 15 coordenadores setoriais e seis diretores, assessores e secretários vinculados diretamente à presidência.

Os substitutos nesses cargos devem ser anunciados nos próximos dias.

Em nota ao g1, o Ministério da Saúde afirmou que “exonerações e nomeações fazem parte do processo natural da transição de governo”.

Sobre a situação crítica dos yanomami em Roraima – que levou o ministério a declarar emergência pública e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a visitar o estado no último sábado (21) –, a pasta afirmou:

  • que as trocas nas direções de saúde “não comprometem o trabalho de assistência à população indígena nos distritos”;
  • que não houve trocas no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami.

Indígenas no comando

Em 2023, pela primeira vez, a Sesai e a Funai são ambas comandadas por indígenas.

A Secretaria de Saúde Indígena é capitaneada por Ricardo Weibe Tapeba – que chegou a compor uma “lista tríplice” enviada a Lula com sugestões para o comando do Ministério dos Povos Indígenas.

Já a Funai, que deixou a estrutura do Ministério da Justiça e passou a integrar a pasta de Povos Indígenas, é comandada por Sônia Guajajara. Deputada não reeleita por Roraima, ela também foi cogitada como possível ministra.

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