Corumbá (MS)- Ainda inconformados com a falta de comprometimento da maioria dos vereadores de Corumbá que negaram assinar requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI), e apurar as supostas irregularidades cometidas pela direção da Junta Interventora da Santa Casa de Corumbá, nomeada pelo Prefeito Marcelo Iunes, populares organizam uma carreata, para protestar e pedir o engajamento dos políticos na abertura do processo de investigação.
A proposta foi apresentada na Sessão Legislativa do ultimo dia 15 de agosto, e teria obtido apenas duas assinaturas de parlamentares presentes na sessão e uma outra assinatura posterior, somando 3 assinaturas no total. Para que a proposta pudesse ser ao menos colocada em votação no plenário, seria necessário a assinatura de cinco parlamentares, o que não ocorreu, e frustrou a população que acompanhava presencialmente a sessão, com faixas e cartazes pedindo por melhorias na saúde municipal.
De acordo com a organização, a carreata pela saúde de Corumbá está prevista para ocorrer no sábado, 27 de agosto a partir das 16 horas. O ponto de partida será atrás do Ginásio Poliesportivo da Porto Carrero.
CPI
O pedido para instalação de uma CPI na Santa Casa de Corumbá, foi motivada após diversas denúncias de irregularidades envolvendo a junta interventora nomeada pelo Prefeito Marcelo Iunes, para gerir e administrar o único hospital público da região.
A má gestão dos indicados, e o caos que se tornou a unidade com constantes atrasos de pagamentos dos profissionais, paralisação de atendimento médico, falta de materiais e equipamentos, motivou a intervenção do Ministério Público Estadual que solicitou a realização de uma auditoria no local.
O parecer divulgado recentemente em reportagens do Folha MS, mostra que os problemas seriam apenas “a ponta do iceberg” dentro da administração hospitalar. Entre as supostas irregularidades, estariam a compra de equipamentos eletrônicos, entre eles Iphones e Notebooks de última geração, que simplesmente desapareceram da unidade.
O pagamento por serviços que não foram encontrados, a falta de prestação de contas e a má utilização dos recursos recebidos pela entidade beneficente, entre eles recursos municipal, estadual e federal, sugerem que nos últimos anos, a população sofreu com a precariedade no atendimento, justamente pela má gestão colocada pelo Prefeito Marcelo Iunes para gerir a unidade.