Ômicron é “muito transmissível”, mas não há motivo para “pânico”, diz OMS

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A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse, nesta sexta-feira (3/12), que a variante ômicron do coronavírus preocupa por ser “muito transmissível”.

Porém, ela ressaltou que o mundo está melhor preparado para lidar com ela devido à vacinação. “Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse durante conferência organizada pela agência de notícias Reuters.

Apesar disso, ela destacou que ainda é cedo para tirar conclusões sobre a variante. “Precisamos esperar, espero que seja mais amena… mas é muito cedo para tirar conclusões sobre a variante como um todo”, disse. 

Até o momento, a OMS não tem o registro de nenhuma morte relacionada à variante. A África do Sul, que primeiro identificou a nova cepa, viu os casos de infecções por covid-19 dobrar em dois dias. Na quarta, o país registrou 8.561 novos casos, contra 4.373 no dia anterior.

Ao menos 17 países já detectaram casos da nova variante, alguns com relatos de transmissão comunitária, quando não é possível saber de onde veio a transmissão. No Brasil, cinco casos já foram confirmados. Três em São Paulo e dois em Brasília. Todos estão com sintomas leves ou assintomáticos e têm histórico de viagem para países africanos. Outros oito casos suspeitos estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no DF.