As altas temperaturas registradas em Mato Grosso do Sul não deram trégua e deixaram os 79 municípios do Estado sob alerta de perigo nesta segunda-feira (20). Há registro de cidade que, por pouco, não atingiu sensação térmica de 50°C.
Balanço divulgado pelo meteorologista Natálio Abrão aponta que este foi o dia mais quente do século no Estado, com 36 municípios com calor acima dos 40°C. Moradores de Corumbá foram os que mais sofreram com o “calorão” onde os termômetros atingiram sensação térmica de 49°C e umidade relativa do ar atingiu 9%. Foi a temperatura mais alta de 2021 no município.
Operadora de caixa em um supermercado na cidade, Fabiane Cristine, de 24 anos, diz que desde a última sexta-feira, o calor em Corumbá está fora do normal. “Aqui, a gente é acostumado, mas está demais”, conta. Segundo ela, para piorar ainda mais a situação, a cidade está tomada por fumaça, resultado dos incêndios que atingem a região do Pantanal. “É muito abafado, clima seco e um calor intenso”, pontua.
Para amenizar, a moradora conta que todos na cidade “se viram” para não sofrer tanto. “A gente evita ficar em ambiente fechado e toma muito líquido, principalmente, tereré. Os banhos também aumentam muito nesse período”, finaliza.
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“Está muito quente mesmo e para aguentar só com muita água, sorvete e tereré”, comentou a a corumbaense Paloma Santos, 27 anos. Conterrânea, Samara Ortiz, de 20 anos, afirma que também usa e abusa da água, tereré e “tudo o que tem direito”.
Na sequência dos locais castigados pelo calor, aparecem Água Clara e Três Lagoas, com 43,2°C e 43,1°C, respectivamente e sensação térmica de 48°C.
Em Campo Grande, o registro foi de 39,3°C com sensação de 43,2°C e umidade do ar na casa dos 12%. Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Rio Brilhante, Aparecida do Taboado, Bonito, Jardim e Cassilândia fecham a lista das cidades mais quentes, todas com temperaturas acima dos 41°C.
Informações divulgadas pelo Inmet mostram que todos os municípios estão com temperaturas 5ºC acima da média e a previsão é de que a situação se prolongue até pelos próximos três dias. O órgão emitiu dois alertas de perigo para o Estado, um pelas altas temperaturas e outro por causa do baixo nível de umidade, que, inclusive, está abaixo do registrado no deserto do Saara, por exemplo.
Segundo especialistas, a recomendação é ingerir bastante água e evitar desgaste físico nas horas mais quentes do dia.