Casal condenado por torturar criança adotada em Corumbá tenta liberdade na justiça do Paraná

A Justiça do Paraná condenou Israel Antunes Zanoni, 31 anos e Sarah Carvalho Zanoni, 25 anos, a pena de 16 anos, 2 meses e 13 dias, pelo crime de tortura contra menino de Ladário (MS) que havia sido adotado pelo casal. A criança tinha 9 anos à época, e foi internada após sofrer fraturas e graves lesões. O casal recorre da sentença condenatória, em recursos protocolados no TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) e que ainda não foram julgados.

Israel e Sarah Zanoni estão presos desde dia 8 de dezembro de 2019, por conta do flagrante, depois que levaram o menino ao Hospital Evangélico de Londrina, com graves hematomas. A sentença determina cumprimento da pena em regime fechado.

Casal-agressores
Na delegacia, o casal confessou as agressões contra o menino (Foto: Reprodução/Facebook)

O casal foi condenado pela Justiça do Paraná no dia 19 de fevereiro deste ano, em regime fechado, pelo crime de tortura majorada pelo resultado de lesão corporal grave e pela idade da vítima. Eles também foram sentenciados a multa de de R$ 10 mil (R$ 5 mil por réu) a ser pago à vítima, o menino que hoje tem 11 anos.

Em março de 2021, a defesa de Israel Zanoni entrou com recurso de apelação e Sarah com mesmo procedimento além de embargo de declaração contra a condenação. O MPMPR (Ministério Público do Paraná) se manifestou no processo, apresentando as contrarrazões.

No dia 10 de junho deste ano, a ação foi remetida ao TJ-PR para julgamento destes recursos, ainda sem data para análise

O caso

A criança de 8 anos de idade, adotada em Corumbá por um casal paranaense, foi espancada durante um “corretivo” aplicado pelos pais adotivos em dezembro de 2019. A criança chegou a ficar uma semana internado na Unidade de Tratamento Intensivo em decorrência às gravidades das lesões sofridas.

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Criança chegou a ficar internada no CTI devido a gravidade das lesões sofridas

Em depoimento, eles confessaram que bateram na criança com chineladas e utilizaram uma vara de plástico para aplicar no garoto, o que chamaram de “corrigir e disciplinar”. Ainda conforme depoimento do casal, a criança teria se ferido após uma crise convulsiva que sofreu no dia seguinte ao espancamento, e que o mesmo teria batido com a cabeça se debatendo no chão e na parede.

A guarda provisória concedida aos agressores foi suspensa pelo tribunal de justiça de Mato Grosso do Sul que abriu uma investigação para apurar o caso.