Corumbá (MS)- Sem uma política de fomento econômico eficiente, o Município de Corumbá se destaca negativamente dentro de Mato Grosso do Sul, como uma das cidades do interior do estado com maior número de postos de trabalho fechados nos últimos três anos.
Os índices foram apontados no relatório divulgado pela Caged que destacou os números do trabalho em Mato Grosso do Sul de 2017 a outubro de 2020. Segundo os dados divulgados, até agosto deste ano, Corumbá apontava um saldo negativo de 381 postos de trabalho fechados somente em 2020. Confira AQUI o relatório completo.
Apesar de ser a quarta maior cidade do estado e possuir o terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul, a grandeza de sua extensão e a prosperidade na arrecadação de impostos e tributos, não se reflete em melhoria na qualidade de vida dos moradores.
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Além do pouco desenvolvimento da infraestrutura e mobilidade urbana, que afeta diretamente o interesse de empresas a se instalarem no município, quase 50% de todo recurso que entra nos cofres públicos, são utilizados para pagamento de servidores da prefeitura (o maior empregador do município), entre eles, cerca de 571 comissionados, angariadores também dos maiores salários e que custam aos corumbaenses, quase R$ 3 milhões de reais por mês. (Referência Portal da Transparência mês de outubro de 2020)
Nem mesmo o forte apelo turístico atribuído ao Pantanal Sul-Mato-Grossense é aproveitado pela administração municipal. Conforme os dados apontados pelo CAGED o maior número de vagas criadas na cidade ainda é relacionada ao setor comercial que possui também a maior rotatividade de funcionários.
Até mesmo cidades muito menores e com arrecadação bem inferior à de Corumbá como o caso de Naviraí, Paranaíba, Nova Andradina, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia, conseguem ter um desempenho muito melhor do que Corumbá no quesito geração de emprego.
Queda Acentuada
O relatório traz ainda uma preocupação quanto ao futuro dos corumbaenses em relação a oferta de trabalhos. Isso porque, segundo os indicadores apontados no relatório, é observada uma queda acentuada e crescente na criação de empregos. Por três anos seguidos, os números do desemprego na cidade só crescem enquanto os de postos de trabalho criados diminuem.