Operação da PF contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro cumpre mandados prisão em Corumbá

Você está visualizando atualmente Operação da PF contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro cumpre mandados prisão em Corumbá
Quadrilha do Maranhão com ramificações em Corumbá foi presa após investigação da Polícia Federal
  • Autor do post:
  • Post publicado:17 de junho de 2020

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (17/06), nas cidades de Corumbá e Imperatriz/MA, a Operação Hipócrates, com a finalidade de desarticular organização criminosa voltada à lavagem de capitais e evasão de divisas. Foram empregados 30 policiais federais para o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.

Simultaneamente, foram realizados o sequestro de bens móveis e imóveis, o bloqueio de contas e a suspensão da atividade econômica das empresas constituídas pelos investigados. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

Durante as investigações, a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, identificou um grupo de pessoas que realizava diversos saques em agências bancárias da cidade fronteiriça de Corumbá/MS e que, em seguida, se dirigiam com as quantias em espécie até a Bolívia.

No país vizinho, os investigados depositavam os valores em casas de câmbio das cidades vizinhas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez. O esquema criminoso movimentou, em quatro anos, mais de R$90 milhões.

A operação descobriu, ainda, que os investigados constituíram diversas empresas “de fachada”, com a finalidade de movimentar recursos provenientes de crimes diversos, como tráfico de drogas e peculato.

Os investigados poderão responder pelos crimes de evasão de divisas (Art. 22, parágrafo único, da Lei nº 7.492/86), lavagem de capitais (Art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98) e organização criminosa (Art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

A operação foi denominada “Hipócrates” em referência ao filósofo grego pai da medicina, uma vez que o envio de dinheiro para estudantes brasileiros de medicina na Bolívia era utilizado como justificativa para a remessa ilegal dos valores ao país vizinho.

A deflagração de hoje reitera que a atual pandemia não afetou as investigações e ações da instituição, principalmente na repressão aos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas nas regiões de fronteira

Participe da lista VIP do WhatsApp do  FOLHA MS e receba as principais notícias no seu celular