“Eu matei, mas foi sem querer. Ele queria me matar e eu apenas me defendi”, afirmou o mecânico Geronilson Souza do Nascimento, 24 anos, que passa por julgamento nesta quarta-feira (13) na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Geronilson é acusado de matar Belarmino Barbosa de Souza, 58 anos, com cerca de oito marteladas na cabeça.
O crime aconteceu no dia 23 de novembro do ano passado, na Capital. O corpo foi localizado na segunda-feira, dia 26 de novembro, em um matagal na cidade de Aquidauana, dia em que Geronilson foi preso.
Durante julgamento, o réu confessa o crime, mas afirma que teria se defendido. Belarmino conheceu Geronilson no trabalho, depois viraram amigos e a vítima ofereceu moradia para o amigo. “Ele me ajudou muito, só tenho que agradecer, eu não queria ter matado ele”, disse.
No dia do crime, eles teriam tido uma discussão, que segundo depoimento de Geronilson, começou por ciúmes de uma ex-namorada da vítima. “Estava trocando mensagens com ela pelo Facebook, ele ficou enciumado e começou a mudar comigo”, relatou.
O réu afirma que já teria alugado uma casa após brigar com Belarmino e no dia do assassinato, foi até a residência da vítima para buscar algumas coisas. “No dia eu tinha fumado maconha e tinha bebido bastante. Voltei tarde e ele perguntou se eu estava com a ex dele, então me deu uma porrada”, conta.
Depois, segundo o depoimento, Belarmino teria ido ao quarto. “Ele falou que ia pegar um negócio pra mim e então eu o acompanhei. Ele pegou um martelo e me atingiu, tomei o martelo dele e dei um soco”, afirmou. Depois disso foram mais cerca de sete marteladas na vítima, mas Geronilson afirma que desferiu três.
Depois, o réu afirmou que não sabia o que fazer. “Foi passando o efeito da cerveja, e então coloquei o corpo no carro e levei até um matagal em Aquidauana”, contou. Geronilson nega que roubou a vítima, no entanto, cartão, dinheiro e o carro da vítima foram levados pelo acusado.
Latrocínio
A família da vítima acredita que Geronilson matou para roubar. “Meu pai chegou até esconder perfumes quando percebeu o jeito dele”, contou a filha da vítima, Julyane Gomes.
A família acompanha o julgamento nesta quarta e pede justiça. “Eu tenho certeza que meu pai estava dormindo no momento, acompanhei as perícias, meu pai foi encontrado só de cueca, só quero que a justiça seja feita”,