Policial que matou bioquímico tem passagens por quatro crimes

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Crime aconteceu em cinema, no Shopping Avenida Center - Foto: Gizele Almeida / Dourados News

Policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, 37 anos, que matou a tiro o bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43 anos, tem passagens pela polícia pelos crimes de ameaça, violência doméstica, disparo de arma de fogo e perturbação da tranquilidade. Autuado ontem por homicídio simples, ele continua preso até audiência de custódia, que será realizada nesta quarta-feira (10).

Conforme consta em certidão de antecedentes criminais anexada ao auto de prisão em flagrante, Dijavan consta como autor de disparo de arma de fogo, em 2009, ameaça (violência doméstica), outras duas ameças e perturbação da tranquilidade, todas em 2011, em Dourados. Na Justiça, ele já respondeu por violência doméstica, crime do qual foi absolvido em 2014.

Na tarde de ontem, o policial foi autor do disparo que matou o bioquímico dentro de uma sala de cinema, após discussão com o bioquímico, no Shopping Avenida Center. Em depoimento à Polícia Civil, o policial afirmou que o tiro foi acidental.

Segundo ele, após discussão, vítima teria dado um tapa no rosto de seu filho, de 10 anos, e, ao levantar para chamar a segurança, ele foi segurado pelo colarinho, sacou a arma, se identificou como policial, mas foi derrubado pela vítima e, quando caiu, houve o disparo acidental.

Ainda conforme versão do policial, ele prestou os primeiros socorros e acionou o Corpo de Bombeiros, se apresentando ao comandante da base da Polícia Militar Ambiental que fica próxima ao local, onde contou sobre o ocorrido, entregou a arma e ficou aguardando a chegada de equipes da PM.

Sobra a arma, uma pistola .40 que não tinha registro, ele informou que era de seu pai, falecido há dois anos, e que ele portava às vezes devido ao fato de ser “leve e portátil”. Um dos filhos do policial, de 14 anos, também foi ouvido e deu a mesma versão, afirmando que o bioquímico deu tapas no rosto de seu irmão e agrediu o militar ambiental.

Outra testemunha, um comerciante que assistia o filme com o sobrinho na mesma fileira da vítima e suspeito, disse que viu o momento em que Júlio César deu tapas na cabeça da criança, além de dar chutes em pai e filho quando se levantou para sair do local. Ele disse ainda que viu a luta corporal, mas não sabe precisar quem iniciou as agressões porque as luzes foram apagadas devido ao início dos trailers.

Audiência de custódia está marcada para as 13h30 desta quarta-feira, onde será decidido se a prisão em flagrante será convertida em preventiva. O policial foi autuado por homicídio simples e o caso está sob investigação na 2ª Delegacia de Polícia Civil.