Justiça prorroga prisões de delegado investigado pela morte de boliviano em Corumbá

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A Justiça prorrogou a prisão temporária do delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior e do investigador Emmanuel Nicolas Contis Leite. Os dois foram presos em 29 de março, no município de Corumbá, em uma ação que investiga homicídio.

O delegado é suspeito de matar o boliviano Alfredo Rangel Weber, 48 anos, dentro de uma ambulância, em Corumbá. O crime foi em 23 de fevereiro. As prisões temporárias foram prorrogadas por mais 30 dias para continuidade das investigações. Após esse período e se não houver decretação de prisão preventiva, ambos devem ser colocados em liberdade.

A Justiça também determinou a expedição de ofício à PRF (Polícia Rodoviária Federal) solicitando o fornecimento das imagens capturadas, por volta das 10h30, no dia 23 de fevereiro, data do crime, no posto da BR-262, em Corumbá, e às 16h do mesmo dia na BR-163, mas no município de São Gabriel do Oeste.

A defesa do investigador quer os vídeos para comprovar que ele estava viajando em 23 de fevereiro. “Não tem nenhum indício de participação ou autoria do Emmanuel no crime de homicídio que é investigado. Não estava nem na cidade no dia do fato”, afirma o advogado Douglas Barros de Figueiredo. O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Corumbá.

Execução

Segundo as investigações, a desavença entre o delegado e Alfredo Weber começou durante as eleições para presidente da associação de agropecuaristas na Bolívia, onde o sogro de Fernando concorria ao cargo.

Houve uma discussão entre Alfredo e outros participantes do evento. O delegado é acusado de pegar uma faca e desferir golpes contra o boliviano, que foi socorrido para um hospital local, mas, devido à gravidade, acabou transferido para Corumbá.

Já em Mato Grosso do Sul, a ambulância foi fechada por uma caminhonete. O condutor, apontado como sendo o delegado, desceu e atirou no paciente. O homem morreu e o motorista da ambulância retornou com o cadáver ao País vizinho.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do delegado. Fernando e Emmanuel foram afastados dos cargos pela Polícia Civil.

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