Pantaneiros conquistam ampliação de linha de crédito do FCO para melhorar produção

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Com base em recomendação técnica da Embrapa Pantanal, os produtores do Pantanal de Mato Grosso do Sul garantiram não apenas a permanência da linha de financiamento para retenção de matrizes, que seria excluída, dentro do programa FCO (Fundo de Financiamento do Centro-Oeste), como garantiram crédito também para limpeza e renovação das pastagens nativas e exóticas.

Atualmente, um dos principais problemas enfrentados pelos produtores do Pantanal é a diminuição da capacidade de suporte das pastagens, decorrente da invasão por espécies arbustivas, segundo o Sindicato Rural de Corumbá. A entidade articulou junto a Embrapa e o Banco do Brasil um estudo detalhado para manutenção e ampliação dos créditos do FCO.

“A única linha de financiamento voltada para o Pantanal (retenção de matrizes) seria encerrada, o que causaria um prejuízo de grande impacto a nossa pecuária. No entanto, com o apoio da Embrapa, da Famasul e do Banco do Brasil mantivemos esse crédito e ainda conquistamos um segundo, o que significa mais investimentos numa região que é o celeiro do bezerro”, afirmou Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá.

Segundo o dirigente ruralista, a contemplação dos financiamentos, agora garantida pelo FCO, com o aval do conselho estadual do programa, representará o aumento da produção e, consequentemente, a recuperação da pecuária de corte pantaneira, que hoje, com todas as dificuldades inerentes à região, é o maior empregador no município de Corumbá.

Recuperação e manejo sustentável

O estudo técnico da Embrapa alterou as condições de aquisição de matrizes no Pantanal, que antes contemplava o incremento da capacidade de suporte somente por substituição de pastagens nativas por exótica, e a atual também contempla incrementos proporcionados por recuperação e manejo sustentável de pastagens nativas e de pastagens cultivadas.

O documento dá suporte a tomada de decisão para análise de financiamento, visando o incremento da capacidade de suporte das pastagens nativas e exóticas do Pantanal, dentro de critérios de intensificação sustentável e de princípios ecológicos. Com o incremento da capacidade de suporte, o programa permite a aquisição de até duas mil matrizes.

A recomendação, contida em um documento de 23 páginas, foi elaborada pelos seguintes pesquisadores da Embrapa Pantanal: Sandra Aparecida Santos, José Anibal Comastri Filho, Urbano Gomes Pinto de Abreu, Adalberto Luiz Michel, Sérgio Maurício Pinheiro Malheiros, Osvaldo Antonio Riedlinger dos Santos e Joniel Guimarães de Oliveira.

Sindicato agradece os parceiros

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Reunião entre entidades parceiras na sede do Sindicato Rural

Encerrando as atividades de 2019, o Sindicato Rural de Corumbá realizou uma reunião, na noite desta sexta-feira (27), para manifestar seu agradecimento pelo comprometimento à causa pantaneira ao gerente regional do Banco do Brasil em Corumbá, Marcelo Freire de Paula, a Embrapa Pantanal e a Famasul. O apoio destas três instituições foi fundamental para manutenção dos financiamentos do FCO.

“Sem essa articulação, em especial sem o empenho e as recomendações técnicas da Embrapa Pantanal, não teríamos avançado e o Pantanal estaria fora do FCO”, destacou Marcelo Freire de Paula, do Banco do Brasil, presente ao evento realizado na sede administrativa do sindicato. “A limpeza do campo é uma demanda do Pantanal, garantirá maior taxa de ocupação e melhor uso do solo”, acrescentou.

A linha de crédito para limpeza de pasto vai contemplar os pantaneiros a partir de 2020. O Banco do Brasil informou que não houve tempo hábil para elaboração e análise de propostas este ano, uma vez que a aprovação do crédito se deu recentemente. A agência bancária de Corumbá contratou R$ 6,4 milhões em 2019 para retenção de matrizes, a partir de setembro.

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