Uma delegação do Governo de Mato Grosso do Sul, liderada pelo governador Eduardo Riedel, participou nesta manhã da abertura da 15ª Expo Paraguai-Brasil, na cidade de Luque, a 15 quilômetros da capital do país. O evento, organizado pela Câmara de Comércio Paraguai Brasil, reúne autoridades e empresários dos dois países para discutir temas fundamentais para o desenvolvimento econômico bilateral, incluindo a integração comercial, a Rota Bioceânica e a transição para uma economia de baixa emissão de carbono.
O governador Eduardo Riedel, juntamente com o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, e do presidente da Fiems, Sergio Longen, apresentou o painel: “Mato Grosso do Sul e Paraguai, oportunidades na Rota Bioceânica”. Em reuniões setoriais, Riedel e a comitiva sul-mato-grossense discutiram outros temas importantes como sistema alfandegário e gás natural.
Se dirigindo ao presidente do Paraguai, Santiago Peña, o governador destacou que a ida ao Paraguai visa estreitar os projetos em comum entre os dois países.
“As ações que estão sendo conduzidas no Mato Grosso do Sul vão trazer mais competitividade ao Brasil e Paraguai”.
O governador ainda enfatizou que dentre as ações em comum, está a necessidade de tornar operacionalmente a hidrovia do Rio Paraguai.
“Estamos com uma empresa no Brasil com 7 milhões de toneladas de carga estocada por não conseguir fazer a navegabilidade atualmente. O Paraguai faz o seu trabalho e avançado e não tenho dúvida que será uma agenda que será destravada, com uma grande oportunidade de desenvolvimento”.
Com relação à Rota Bioceânica, Riedel declarou que os govenos brasileiro e paraguaio estão empenhados com as obras.
“O governo federal aplicou este ano quase R$ 1 bilhão nas estruturas necessárias para acesso à ponte da Rota Bioceânica, a revitalização da BR-267, as ações do anel rodoviário de entrada no Estado. E assim, construindo toda uma estratégia de potencializar o acesso ao Pacífico e ao desenvolvimento do Chaco Paraguaio. A região Centro-Oeste do Brasil passará a ter um horizonte importantíssimo aos mercados asiáticos, via os portos do Chile e também toda a região central da América do Sul”, acrescentou.
Riedel se manifestou sobre a Rota Bioceânica Energética, com o gás natural. “Vamos trabalhar junto neste sentido, buscar os investimentos para construir um novo vetor de desenvolvimento nesta matriz energética importante para o Paraguai e Brasil”.
Em reunião com o ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Javier Giménez, foram discutidos temas como o um sistema alfandegário único, a dragagem do Rio Paraguai e a implantação de um gasoduto passando pelo Chaco Paraguaio até Mato Grosso do Sul.
Riedel se encontrou também o ministro brasileiro de Minas Energia, Alexandre Silveira, justamente para discutir a questão do gás natural.
Ainda participam do evento o presidente do Banco Central do Paraguai, Carlos Carvallo Spalding, o presidente da Câmara de Comércio Paraguai Brasil, Antonio Carlos Dos Santos, o embaixador do Brasil no Paraguai, Antonio Marcondes, o diretor Geral Brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Semadesc), Rogerio Beretta, e o vice-governador do Estado do Paraná, Darci Piana, entre outros.
A programação do evento inclui painéis sobre empoderamento econômico feminino, oportunidades de investimento e casos de sucesso no regime de maquila, além de uma roda de negócios destinada a fortalecer relações empresariais entre os dois países.
O Sistema Fiems, parceiro do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, também está presente na 15ª Expo Paraguay Brasil, visando estreitar as relações comerciais e buscar novos mercados para seus negócios.
A participação de Mato Grosso do Sul na Expo Paraguay Brasil é estratégica, já que as exportações do Estado para o país vizinho aumentaram 12% nos últimos três anos, saindo de US$ 39,1 milhões em 2021, para US$ 43,9 milhões em 2023, conforme levantamento realizado pelo Observatório da Indústria da Fiems.
Os principais produtos exportados por Mato Grosso do Sul para o Paraguai em 2023 foram móveis refrigerados para a exposição de produtos, preparações para alimentação de animais, carnes e miudezas bovinas congeladas ou refrigeradas, cereais e suas preparações e sementes forrageiras para semeadura.