Um médico de 59 anos está preso suspeito de estuprar a ex-enteada de 9, em Ivinhema, a 282 quilômetros de Campo Grande. De acordo com a delegada Gabriela Violin, ele nega os abusos.
Conforme a delegada, o caso foi descoberto no início da semana passada depois que a menina reclamou para a avó de dores nas partes íntimas. A mulher chegou a falar para a neta que poderia ser infecção urinária e a criança então contou o que o padrasto fazia com ela.
A avó então levou a criança ao hospital, a médica plantonista constatou lesões na área genital, perguntou para a menina o que havia acontecido e ela mais uma vez falou sobre os estupros. Ela foi medicada e a Polícia Civil e o Conselho Tutelar acionados.
A Polícia Civil ouviu a menina e depois pediu a prisão preventiva do médico, que foi deferida pela Justiça. Ele então está preso desde quinta-feira (23) e nega o crime.
Abusos
A menina disse à polícia que os abusos aconteciam há um ano, sendo o último no fim de semana anterior a prisão. Segundo relatos da criança à avó, o ex-padrasto amassava um comprimido na pia e colocava no ‘Toddynho’ dela, para que tomasse antes de dormir.
A criança falou para a avó que a bebida a deixava sonolenta e então o suspeito a estuprava por horas. No último abuso ela teria batido nele para que parasse, porém ele continuou.
Conforme a polícia, durante o período em que os abusos aconteciam, por várias vezes, a criança dormia com roupa e acordava com ela abaixada.
Relação familiar
De acordo com a polícia, a relação entre a menina e o ex-padrasto sempre foi de pai e filha, não havendo motivos para que parentes desconfiassem de abusos. O suspeito tem ainda uma filha em comum com a mãe da vítima.
Como não havia problemas anteriores com a então enteada e a filha, a família permitiu que ele saísse com as duas meninas e que elas dormissem na casa dele. Era lá que os abusos aconteciam.