Corumbá (MS)- A Operação Pantanal 2024 segue em ritmo acelerado para conter os incêndios que assolam o bioma. Na manhã desta segunda-feira (8), dois focos de incêndio persistem ativos: um na região norte de Corumbá (Paraguai Mirim) e outro em Nhecolândia, sudeste de Corumbá, próximo ao Rio Taquari.
Força-tarefa em campo: No combate às chamas, 92 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul estão na linha de frente, divididos em equipes de solo, Grupamento de Operações Aéreas e Sistema de Comando de Incidentes. O reforço conta ainda com policiais militares do estado, integrantes da Força Nacional, Marinha, Exército, Força Aérea e 233 brigadistas do IBAMA, que se revezam em turnos exaustivos.
Arsenal aéreo: A frota da Operação Pantanal 2024 inclui 5 aeronaves “Air Tractor”, 7 helicópteros, 1 cargueiro KC390 Millenium, além de 6 caminhões de combate a incêndio, 3 lanchas e 40 caminhonetes equipadas com kits de combate ao fogo, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.
Condições desafiadoras: O vento predominantemente sul, com rajadas de até 30 km/h, exige atenção redobrada das equipes. Apesar da previsão de queda na temperatura e da possibilidade de chuvas nos próximos dias, a combinação de clima seco e vegetação seca aumenta o risco de reignição em áreas já queimadas.
Números preocupantes: Até o dia 2 de julho, as chamas já consumiram 566 mil hectares em Mato Grosso do Sul. Entre janeiro e 2 de julho, 2.879 focos de calor foram detectados por satélite.
Bioma em risco: O Pantanal de Mato Grosso do Sul, com seus 9 milhões de hectares, enfrenta a pior estiagem dos últimos 70 anos. O bioma, que se estende também por Mato Grosso, Paraguai e Bolívia, é fundamental para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental da região.