A evolução de focos de incêndio florestal no Pantanal fez com que as chamas aproximassem da margem do rio Paraguai, oposta à Escola no Paraguai-Mirim (Jatobazinho), mantida pela Acaia Pantanal.
A escola fica na região do Paraguai-mirim e atende 40 alunos, que pernoitam a semana toda, além de ter 34 adultos envolvidos na operacionalização. A Brigada Alto Pantanal, que estava atuando contra incêndio cerca de 20 minutos acima da unidade escolar, fez deslocamento no final da tarde deste dia 6/5 para dar apoio nessa situação.
O Acaia Pantanal divulgou que a escola foi evacuada por questão de segurança e preservação da vida dos alunos e educadores. As aulas serão retomadas assim que o cenário estiver melhor. Os alunos foram dispensados neste 7/6, um dia antes do previsto no cronograma de atividades.
“Usamos nossa moto-bomba e outros equipamentos para tentar resfriar ao máximo a vegetação e o solo nas proximidades da margem. A intenção reduziu as chamas que seguiam no sentido do rio. Reduzir o fogo pode evitar que ele pule o rio e chegue na escola”, explicou o brigadista Arilson Borges.
Depois da criação dessa linha de defesa, um trabalho de mais de duas horas, a equipe ficou em alerta na região.
Desde quando a equipe passou a atuar na linha de frente para combater o fogo na região do Paraguai-mirim nesta semana, os brigadistas já percorreram mais de 170 km. A comunidade na região está dando apoio em algumas atividades também. A BAP vem realizando, desde o dia 4/6, linhas de defesa para proteger comunidades, escolas e também realizou combate direto do fogo.
Entre os equipamentos utilizados pela equipe estão roçadeiras, sopradores, mais de 100 metros de mangueira, motor-bomba e embarcação fluvial.
O trabalho da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), tem parceria estratégica com a Vbio.eco, Celeo, ISA CTEEP e Funbio.
O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul está com equipes também espalhadas pelo Pantanal para realizar o combate a incêndios florestais. O Prevfogo/Ibama também está com atuação e mobilização de equipes. A Marinha do Brasil presta apoio em alguns combates.
Na sede do IHP, em Corumbá, outro trabalho envolve o uso do sistema Pantera, que utiliza inteligência artificial para identificar sinais de fumaça, além de realizar medição da velocidade do vento, direção da possível evolução da propagação do incêndio e geolocalizações. Essas informações possibilitam subsidiar estratégias da equipe de campo, bem como são compartilhadas com outras equipes de combate a incêndios, como o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e o PrevFogo/Ibama.
Sobre o IHP
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002, em Corumbá (MS), atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.
Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.
Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatório Pantanal.