Campo Grande (MS)- Após meses de negociações sem acordo com o Governo Federal, os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) decidiram aderir à greve nacional da categoria. A decisão foi tomada em assembleia-geral extraordinária realizada no dia 23 de abril, com 150 votos favoráveis e 52 contrários.
A greve, que iniciou no dia 1º de maio, afeta diretamente 1.559 professores da instituição, tanto efetivos quanto substitutos. Segundo a presidente da seção sindical da Associação dos Docentes da UFMS (Adufms), Mariuza Guimarães, a adesão à paralisação está sendo gradual e será monitorada ao longo dos próximos dias.
Reivindicações da categoria
Os docentes da UFMS reivindicam um reajuste salarial de 21,5%, além de melhores condições de trabalho e investimento na educação pública superior. A categoria também cobra a recomposição das perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos anos, que chegam a 36%.
No último dia 30 de abril, representantes da Adufms e da Reitoria da UFMS se reuniram para discutir os impactos da greve na instituição. Na ocasião, a Reitoria se comprometeu a manter o diálogo aberto com a categoria e buscar soluções para minimizar os transtornos causados pela paralisação.
Assembleia Geral Extraordinária
No dia 6 de maio, uma Assembleia Geral Extraordinária será realizada para definir os rumos da greve e avaliar o andamento das negociações com o Governo Federal. A Adufms convida todos os docentes da UFMS a participarem da assembleia e se somarem à luta por um ensino público de qualidade.