Onça-pintada avistada em área devastada pelo fogo é sinal de resiliência no Pantanal

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  • Post publicado:4 de abril de 2024

Corumbá (MS)- Uma onça-pintada foi flagrada por equipes do Instituto do Homem Pantaneiro (IHP) em uma área que havia sido devastada por incêndios há menos de seis meses. O registro, feito na terça-feira (2) às margens do rio Miranda, no Pantanal Sul-Mato-Grossense, representa um sinal de esperança para a recuperação da região e o retorno da fauna local.

“A presença da onça-pintada, uma espécie considerada guarda-chuva por necessitar de um extenso território para sobreviver, indica que os animais estão retomando seus habitats após os incêndios”, explica o biólogo Sérgio Barreto, do IHP. “É um indicador da resiliência do Pantanal e da natureza, que se recuperam mesmo após eventos devastadores.”

Barreto e o biólogo Werner Hugo, que também presenciou a cena, integram a equipe Cabeceiras do Pantanal, responsável por monitorar e produzir relatórios sobre as condições da região do rio Miranda. O trabalho do IHP conta com a parceria da Polícia Militar Ambiental.

Cicatrizes do fogo e esperança no futuro

Embora a onça-pintada represente um símbolo de esperança, cicatrizes do fogo ainda são visíveis na região, que sofreu com incêndios florestais por três anos consecutivos.

“Encontrar uma espécie guarda-chuva em um período tão curto após os incêndios demonstra a capacidade de recuperação do bioma e a importância de ações de preservação”, ressalta Barreto.

O registro da onça-pintada serve como um lembrete da importância da preservação do Pantanal, um dos biomas mais ricos e biodiversos do planeta. Através do monitoramento constante, ações de proteção ambiental e combate às queimadas, é possível garantir que a fauna local continue a prosperar e que o Pantanal se recupere para as futuras gerações.