Apesar das recentes críticas e manifestações por erros em provas da UEMS e UFMS, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) foi contratada pela Prefeitura de Corumbá para organizar e aplicar um novo concurso público. A dispensa de licitação gerou questionamentos sobre a escolha da entidade, que acumula histórico de falhas em concursos de grande porte.
Sem licitação, o contrato, no valor de R$ 959 mil, prevê a organização do certame com vagas em diferentes áreas da Administração. A previsão é que os detalhes sobre as vagas e cargos sejam divulgados na próxima semana.
No entanto, a realização do concurso coincide com um momento turbulento para a gestão do prefeito Marcelo Iunes. O chefe do executivo corumbaense vem sendo criticado por decisões consideradas “politiqueiras” em ano eleitoral, com medidas que podem inflar custos para o próximo prefeito.
Com as contas públicas no vermelho, Iunes parcelou débitos com a previdência dos servidores e recentemente teve um pedido de empréstimo de R$ 64 milhões judicializado, após aprovação na Câmara Municipal. A realização do concurso, neste contexto, aumenta a carga de despesas para a próxima gestão, já que o atual prefeito não pode concorrer à reeleição.
Outra crítica se deve ao fato de um empréstimo no valor de R$ 64 milhões de reais para realização de obras que ao longo de seus sete anos de mandatos, ficaram esquecidas ou abandonadas, mas que “tomaram corpo” com a proximidade da eleição.
Apesar não poder concorrer ao cargo, Iunes tenta de toda forma, emplacar o seu atual secretário de Governo, Luiz Antônio (Pardal), como seu sucessor ao posto de prefeito municipal.