A dona de casa Aparecida Garay, de 42 anos, presa em flagrante após ter matado o marido, Antônio Ediezio Senarega Lopes, de 49 anos, com facada no peito, alegou que cometeu o crime para se defender das agressões que sofria. O caso aconteceu numa fazenda na noite de sábado (24), em Rio Verde de Mato Grosso, distante 203 quilômetros de Campo Grande.
Segundo depoimento de Maria à polícia, fazia 1 ano que vivia com Antônio. Conforme a mulher, toda vez que ele bebia ficava agressivo e no dia dos fatos foi agredida e para se defender esfaqueou o marido. O casal morava numa fazenda a 52 quilômetros da área urbana.
Ela disse que no dia do crime, na parte da manhã, foi à lotérica, na sequência ao mercado e depois foi ao bar com o marido, onde consumiram cerveja. Até então estava tudo bem, mas quando foi à noite os dois passaram a discutiram. “Ele avançou em mim, apertou o meu pescoço e torceu o meu braço”. Para se defender, a mulher foi à cozinha, pegou a faca e esfaqueou o marido no peito. “Peguei a faca e soquei nele”.
Conforme boletim de ocorrência, após o fato, Aparecida ligou para o gerente e contou que havia matado Antônio, seu marido e funcionário da fazenda. Equipes da PM (Polícia Militar) e a Polícia Civil então foram acionadas e durante o trajeto encontraram uma mulher, de 23 anos, filha de Aparecida, que estava com mais duas pessoas.
Segundo ela, estava perdida e o carro sem freios, mas tinha urgência em chegar à casa da mãe, afirmando que Aparecida havia cometido um grande erro. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Antônio morto com ferimento no peito. O corpo estava posicionado de forma de crucifixo, com braços abertos e pés cruzados, sugerindo que alguém havia mexido no cadáver.
Aparecida e o outro filho, de 18 anos, haviam fugido de trator, sendo encontrados na sequência, numa mata. Como o combustível havia acabado, o maquinário foi abandonado. Indagada, a mulher confessou ter esfaqueado o marido. Já o filho da investigada disse que no momento do crime estava dormindo e não presenciou os fatos. Era ele quem dirigia o trator. O rapaz foi liberado após ser ouvido como testemunha na delegacia.
A mulher passará por audiência de custódia na Justiça, para definir se ficará presa esperando o andamento do inquérito e posterior processo ou se poderá responder em liberdade.