O brasileiro Lourival Máximo da Fonseca, que estava foragido desde 2014, foi extraditado da Bolívia para Corumbá na noite de sexta-feira (16). Ele é apontado como um dos maiores traficantes de drogas do país e integrava a lista dos 21 criminosos mais procurados pelo Ministério da Justiça.
Segundo informações, Lourival foi preso durante uma ação da Polícia Nacional da Bolívia na cidade de San Rafael de Velasco, onde usava uma oficina de refrigeração para lavar dinheiro do tráfico.
A extradição de Lourival, também conhecido como Tião, foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias boliviana e brasileira. Após ser capturado, na quinta-feira (15), foi levado de helicóptero até Puerto Quijarro, na fronteira com o Brasil. De lá, ele foi entregue às autoridades de Corumbá, sob forte escolta policial.
Segundo o ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, a prisão de Lourival foi um grande golpe ao tráfico de drogas na região. Ele disse que o traficante brasileiro era responsável por enviar drogas de vários países da América para a Europa, usando contêineres como disfarce.
Del Castillo afirmou que Lourival tinha dois contêineres de drogas interceptados pelas autoridades. Um deles foi apreendido na Bolívia com 8,7 toneladas de cocaína e o outro no Peru com 7,2 toneladas da mesma substância. Os contêineres tinham como destino a Bélgica.
Lourival Máximo da Fonseca tinha mandado de prisão no Brasil por tráfico de drogas e estava na lista da Interpol. Ele deve responder pelos crimes tanto na Bolívia quanto no Brasil.