A Polícia Federal e a Receita Federal realizaram nesta quinta-feira, 19 de outubro, a “Operação GRADE A”, que visa reprimir os crimes de descaminho, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação é resultado de uma investigação que apura um esquema de importação clandestina de eletrônicos procedentes do Paraguai.
A ação integrada contou com a participação de cerca de 350 policiais federais e 53 servidores da receita. Eles cumpriram 70 mandados de prisão preventiva e 95 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Piauí.
Segundo a investigação, os eletrônicos eram comprados por vendedores atacadistas no Paraguai e introduzidos irregularmente no mercado brasileiro para posterior revenda. As mercadorias eram trazidas ao Brasil por entradas secundárias na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, armazenadas em pontos de apoio na região fronteiriça e depois transportadas para outras regiões do país.
O transporte das mercadorias era feito por “freteiros”, que eram responsáveis pela transposição da fronteira e entrega aos adquirentes. Eles usavam veículos de pequeno porte equipados com compartimentos ocultos ou caminhões, que misturavam os volumes com cargas lícitas (frios, grãos, etc.).
A operação estima que os grupos investigados tenham internalizado milhões em mercadorias desde o início da pandemia de COVID, quando houve o fechamento prolongado das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai.
O nome da operação, “GRADE A”, faz referência aos celulares recondicionados que são importados e negociados com frequência pelos alvos da investigação.