O Pantanal enfrenta uma grave situação de incêndios florestais que ameaçam a biodiversidade da região. Para proteger os animais silvestres, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul realiza ações de combate ao fogo e de resgate dos bichos que possam estar feridos.

As equipes atuam em três áreas diferentes: Rio Negro, próximo a Corumbá e no Paiaguás. Além de apagar as chamas, elas fazem o trabalho de retirada dos animais das áreas em risco.

Segundo a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), responsável pelas ações de combate a incêndios florestais no Estado, poucos animais foram encontrados até agora. “Mas estamos trabalhando na busca ativa nas áreas onde atuamos”, afirmou.

Quando algum animal é encontrado, o médico veterinário mais próximo do GRETAP (Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal) é chamado para o atendimento e possível reinserção no habitat.

O CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), que fica em Campo Grande, também apoia a ação. O local é o maior da América Latina no atendimento exclusivo para animais silvestres e está preparado para receber e atender as mais diversas espécies que vivem no Pantanal, e também no Cerrado e Mata Atlântica.

Lucas Cazati, médico veterinário e responsável técnico do CRAS, contou que o local tem toda a estrutura pronta para receber os animais, assim como ocorreu nos incêndios florestais dos anos anteriores.

“Entre os casos mais emblemáticos estão de uma anta que teve 40% do corpo queimado e precisou ser transportada de avião. Ela passou por um atendimento de ponta, com ozônio e após recuperada, foi solta. E também atendemos uma onça com as patinhas queimadas, que também se recuperou”, relatou.

O CRAS conta ainda com o reforço do Hospital Veterinário de Animais Silvestres, inaugurado no dia 14 de setembro. O local possui centro cirúrgico, exames de imagens, laboratórios, além de áreas específicas para recuperação e de quarentena para aves, mamíferos e répteis.