O ex-presidente boliviano Evo Morales confirmou neste domingo, 24 de setembro, que irá concorrer à Presidência da República nas eleições de 2025. Morales, que governou o país entre 2006 e 2019, disse que aceitou os pedidos de sua militância e de vários setores sociais que o apoiam.
A decisão de Morales ocorre em um contexto de tensão com o atual presidente Luis Arce, seu ex-ministro da Economia e companheiro de partido. Morales acusou Arce de tentar excluí-lo politicamente e até mesmo fisicamente, e afirmou que irá enfrentar as agressões com verdade, dignidade e honestidade.
Morales e Arce pertencem ao Movimento ao Socialismo (MAS), que realizará um congresso na primeira semana de outubro para definir os critérios das primárias da sigla. No entanto, a candidatura de Morales pode enfrentar obstáculos legais, pois a Constituição boliviana limita o mandato presidencial a cinco anos com apenas uma reeleição.
Morales tentou se reeleger pela quarta vez em 2019, mas enfrentou uma forte oposição que não reconheceu sua vitória nas urnas. Após pressão das Forças Armadas, Morales renunciou e se exilou no México. A senadora Jeanine Añez assumiu a presidência interinamente, mas foi deposta em 2020 por uma revolta popular. Em 2021, ela foi presa e condenada a dez anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
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