Corumbá (MS)- A vereadora Raquel Bryk, por meio de uma indicação, solicitou que as autoridades competentes ampliem as investigações da “Operação Cascalhos de Areia” para o Município de Corumbá. A operação, que foi deflagrada em Campo Grande, apura irregularidades em contratos de uma empreiteira com o poder público. Segundo a vereadora, a mesma empresa tem contrato para realização de serviços na região pantaneira e há indícios de que o esquema de corrupção se repete em Corumbá.
O pedido de Raquel foi direcionado ao GECOC (Grupo Especial de Combate a Corrupção) e ao GAECO (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado), bem como aos promotores responsáveis pela operação em Campo Grande e ao promotor da 5ª Promotoria de Justiça de Corumbá. A vereadora também acionou o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Raquel afirmou que se baseou nas denúncias do próprio delator da operação, que afirmou que o mesmo modo de operar ocorre em Corumbá e que o produto da corrupção resultou na aquisição de uma fazenda no município de Corguinho. A vereadora também chamou a atenção para o fato de que um dos sócios da empresa preso na operação por porte ilegal de arma se declarou ‘vendedor de queijos’ em Terenos, com uma renda mensal de R$ 2.500,00, o que levanta a suspeita de que ele seja um laranja.
“A ‘Operação Cascalhos de Areia’ foi deflagrada em Campo Grande, conforme amplamente noticiada pela imprensa de todo estado. Se faz necessário estender as investigações ao Poder Executivo Municipal de Corumbá, uma vez que o próprio denunciante afirmou que o mesmo modo de operar ocorre em Corumbá e, pior ainda, que o produto da corrupção resultou em aquisição de uma fazenda no município de Corguinho”, ressaltou a vereadora.
Raquel disse que não pode se calar diante das denúncias que envolvem suspeitas sobre a administração municipal de Corumbá e que tem o dever de fiscalizar e indicar medidas que possam elucidar os fatos.
“Não podemos nos calar diante de tão graves denúncias que assolaram os meios policiais e judiciais nos últimos dias, amplamente divulgados pela imprensa e que envolvem de suspeitas a administração municipal de Corumbá. A nós, meros detentores de poder de fiscalização outorgados pelo povo corumbaense, nos cabe fiscalizar e indicar medidas que possam elucidar fatos e suspeitas de corrupção com o dinheiro público. Não podemos passar por meros expectadores de assalto aos cofres públicos, eu não passarei! Não existem culpados até que as investigações se concretizem, porém não podemos furtar de fazê-las quando há fumaça, e hoje existe um fumaceiro danado”, concluiu.