Justiça mantém delegado acusado de matar boliviano preso em cela do 3º DP

No momento, você está visualizando Justiça mantém delegado acusado de matar boliviano preso em cela do 3º DP
  • Autor do post:
  • Post publicado:17 de abril de 2019

Foi negado pela Justiça a transferência do delegado da Deaji (Delegacia de Atendimento a Infância, Juventude e do Idoso), Fernando Araújo da Cruz Júnior para o Presídio Militar, no Estado.

O delegado foi preso durante uma operação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da Corregedoria da Polícia Civil, no dia 29 de março, em Corumbá, suspeito de matar o boliviano Alfredo Rangel Weber, dentro de uma ambulância, no dia 23 de fevereiro.

Fernando deve ficar em uma cela do Garras até que seja convertida ou não sua prisão temporária em prisão preventiva, somente após isso seria transferido para um presídio, no Estado.

Reconstituição

Testemunhas presenciais participaram da simulação,no dia 8 de abril, para que todas as versões do caso fossem analisadas, e possa saber o momento exato em que Alfredo foi assassinado. Um laudo deve apontar a veracidade dos fatos e como foi a execução do boliviano.

Afastamento do cargo

O delegado foi afastado de suas funções no dia 4 de abril. A decisão foi da Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e pela decisão o delegado deverá entregar sua carteira funcional, suspensão de senhas para acesso a banco de dados da administração pública, além de sua arma também ser recolhida.

Prisão

Fernando foi preso no dia 29 de março, durante uma operação do Garras em Corumbá. Ele é suspeito de participação no assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber dentro de uma ambulância, no último dia 23 de fevereiro.

Alfredo teria sido sócio de Odacir Santos Correa, ex-barão do narcotráfico preso pela Polícia Federal na Operação Nevada, em 2003. Odacir, que atualmente cumpre pena de 14 anos por tráfico internacional de drogas, também seria ex-marido de Sílvia Aguilera, atual mulher do delegado e filha de Asis Aguilera Petzold.

No dia do assassinato, Alfredo teria encontrado Sílvia e cobrado uma dívida de seu ex-marido, Odacir. Ele teria ameaçado a mulher e o delegado teria intervindo e esfaqueado três vezes o boliviano. Fernando teria armado, ainda, emboscada para interceptar a ambulância que transportava Alfredo à Corumbá, após piora em seu estado de saúde.