O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (24) que há tratativas para diminuir a dependência do Brasil na importação de fertilizantes. Atualmente, o país importa 85% do produto, que é utilizado nas lavouras. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os maiores produtores do agronegócio e, para intermediar as negociações o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), também participou do encontro com o Confert (Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas) nesta sexta-feira (24).
De acordo com Alckmin, a conversa foi proveitosa e um trabalho para reduzir essa dependência dos fertilizantes está a todo vapor.
“Vamos trabalhar juntos para diminuir a dependência do Brasil na importação de fertilizantes. Hoje, temos minas de fósforo e potássio no Brasil, além do nitrogênio temos o gás natural, que é a energia para ter a ureia e amônia. Foi uma boa conversa e muito proveitosa, onde também falamos sobre biodiesel”.
Segundo ele, é preciso concentrar forças na produção do biodiesl, que é feito a partir de fontes renováveis, considerado uma fonte “verde” de combustível. “Precisamos aumentar o ‘bio’ do diesel, que atualmente está em 10%. Isso prejudica o meio ambiente, a indústria, gera menos emprego e é importante a retomada.
Acompanhado de Fávaro, o vice-presidente reconheceu a importância de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na agricultura do país. Os dois estados são os maiores produtores de soja, milho, algodão e carne bovina. Juntas as quatro commodities são responsáveis por 93,5% do valor bruto arrecadado no Estado, totalizando R$ 180.571,02 bilhões, de acordo com levantamento divulgado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) em janeiro deste ano.
“Temos todo compromisso com emprego e renda, crédito para agricultura, para a agroindústria. Conversamos sobre defensivos, produtos veterinários e logística, porque os maiores produtores estão longe do mar, e precisamos integrar modais, gerar energia mais barata, e tem toda a questão sanitária, que está bem avançada. Enfim, é um conjunto. E tem também o mercado. Temos que conquistar mercado”.
Alckmin disse que acordos comerciais com o Mercosul e com a União Europeia, além de reforma tributária que deve alavancar ainda mais o setor. “Estou confiante que podemos avançar”, completou.