Estados Unidos e País de Gales fizeram uma partida pouco inspirada nesta segunda-feira (21/11). Porém, o duelo contou com lampejos de emoção, principalmente na reta final. Os norte-americanos venciam por 1 x 0 até os 35 minutos do segundo tempo, quando brilhou a estrela de Gareth Bale. O atacante galês foi derrubado na área e converteu o pênalti que decretou o 1 x 1 e evitou a derrota do país na primeira disputa de Copa do Mundo após 64 anos de ausência.
O resultado frustra os norte-americanos e eleva a moral dos galeses para a sequência da campanha. Tudo bem que o retorno ao Mundial poderia ter vindo com uma vitória, mas, para uma equipe que estava atrás no placar desde os 34 minutos da primeira etapa, a igualdade foi o auge desde a última participação na Copa, em 1958.
Os 10 primeiros minutos de jogo foram de um Estados Unidos muito mais à vontade, enquanto o País de Gales era tímido. A postura retraída dos Dragões abriu espaços para o toque de bola norte-americano. Nesse ritmo, a primeira boa chance veio pela direita. Weah avançou pela ponta e cruzou para o zagueiro Rodon cabecear contra a própria meta. Sorte que o goleiro Hennessey estava atento e evitou maiores problemas.
A superioridade na posse de bola e na imposição no meio de campo, porém, não surtiram efeito imediato para os Estados Unidos. Os comandados do técnico Gregg Berhalter esbarraram em erros de passe e finalização. Coube ao atacante Weah chamar a responsabilidade novamente. Aos 34 minutos, o filho de George Weah, melhor jogador do mundo em 1995, recebeu de Pulisic, invadiu a área e chutou na firme na saída do goleiro para abrir a contagem no Ahmad bin Ali Stadium.
Na volta dos vestiários, Gales resolveu dar uma resposta à torcida que cruzou os quase 7.000 de distância entre a terra natal e o Catar. O técnico Robert Page promoveu mudanças na equipe e reorganizou o sistema ofensivo. Os cruzamentos para o grandalhão Kiefer Morre, de 1,95m, eram os principais caminhos para o empate. Em um minuto, a equipe criou duas chances claras de gol. Primeiro, Ben Davies subiu na área e forçou Turner espalmar para escanteio. Na sequência, Moore subiu mais do que toda a zaga norte-americana e testou rente ao travessão.
A insistência galesa foi recompensada a 10 minutos do fim da partida. Gareth Bale recebeu na área e foi derrubado. O camisa 11 chamou a responsabilidade, foi para a cobrança e evitou a derrota de seu país no retorno especial à Copa do Mundo.
Craques do jogo
Pelo lado norte-americano, Timothy Weah se destacou por aproveitar uma das poucas chances do confronto. Aos 22 anos, anotou o primeiro gol em Copas do Mundo e fez a alegria momentânea dos mais de 330 milhões de norte-americanos espalhados pelo planeta. Para os galeses, tinha que ser ele: Gareth Bale. Responsável por recolocar o país no mapa das grandes seleções, o camisa 11 evitou a derrota e renovou as esperanças para a sequência no torneio.
As duas equipes voltam a campo na próxima sexta-feira (25/11). O País de Gales mede forças com o Irã, às 7h, enquanto os Estados Unidos encaram a Inglaterra, às 16h.
Ficha técnica
ESTADOS UNIDOS – 1
Turner; Dest (Yedlin), Zimmerman, Ream e Robinson; Adams, Musah (Acosta) e McKennie (Aaronson); Weah, Sargent (Wright) e Pulisic. Técnico: Gregg Berhalter
Gol: Weah
Cartões amarelos: Dest, McKennie, Ream e Acosta
PAÍS DE GALES – 1
Hennessey; Mepham, Rodon e Ben Davies; Connor Roberts; Ampadu (Morrell), Ramsey e Neco Williams (Brennan Johnson); Gareth Bale, Harry Wilson e Daniel James (Moore). Técnico: Robert Page
Gol: Gareth Bale
Cartões amarelos: Mepham e Bale
Local: Ahmad bin Ali Stadium (Catar)
Árbitro: Al Jassim Abdulrahman (CAT)