PMA inicia Operação Piracema nos rios de MS a partir desta sexta-feira (4)

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  • Post publicado:3 de novembro de 2022

A Operação Piracema terá início à meia noite desta sexta-feira (4) em todos os rios que cortam o território de Mato Grosso do Sul. Policiais ambientais farão a defesa e proteção dos peixes, para que ocorra a reprodução das espécies nas bacias que cortam o estado do Paraná e Paraguai. Este período vai até o dia 28 de fevereiro de 2023.

Na Piracema, os policiais vão monitorar os cardumes principalmente nos pontos em que estão mais sujeitos à pesca predatória, como as cachoeiras e corredeiras. Nos pontos de cachoeiras e grandes corredeiras, a Polícia Ambiental estará com postos fixos com policiais 24 horas.

Serão escalados 354 policiais nas 27 subunidades estabelecidas em 20 municípios. A partir de meia noite de sábado (5), a PMA informou que vai priorizar a montagem de postos avançados fixos, nas principais cachoeiras e corredeiras nos rios do Estado e da União.

“Esses locais são pontos cruciais para a fiscalização, pois, quando os cardumes ali chegam, precisam que a água atinja uma vazão que lhes permita continuar a subida e, consequentemente, ficam muito vulneráveis, tornando-se presas fáceis para pescadores inescrupulosos, que retirariam facilmente grandes quantidades de peixes, principalmente, fazendo uso de petrechos proibidos de malha (redes e tarrafas)”, disse a Polícia de Meio Ambiente, em nota.

Inteligência e drones

Nas cachoeiras e corredeiras, que não terão policiais fixos, a PMA colocará policiais do setor de inteligência a paisana, para identificar e prender os que tentarem praticar a pesca nesses locais e nesse período.

Segundo a polícia, o esquema inteligente de fiscalização permite economia de recursos humanos e materiais, porque, em “piracema”, os peixes estão em grandes cardumes, por isso, não adianta fazer gastos enormes com combustível e pessoal subindo e descendo rios e perder cardumes por não manter vigilância nos pontos vulneráveis, que são as cachoeiras e corredeiras.

Nos postos avançados, a PMA terá mais 10 subunidades operacionais, pois em cada ponto deste, ficam policiais acampados e com barcos e motores para executarem a fiscalização nas imediações dos postos e monitorando os cardumes, permanecendo sempre um policial na cachoeira ou corredeira.

O uso de drones também será utilizado, para reduzir o deslocamento constante de policiais, além de fornecer imagens dos pontos em que podem ocorrer uma eventual pesca predatória. De acordo com o órgão, o uso desse equipamento é importante para combater a rede de informantes que os pescadores possuem.

Pesca na bacia do Paraguai

Conforme a Polícia Militar de Meio Ambiente, na Bacia do rio Paraguai será permitida somente a pesca de sustento para as populações tradicionais. Entretanto, as pessoas que moram nas cidades ribeirinhas não podem pescar.

A pesca para sustento é permitida para alimentação, ou seja, para pessoas que dependem da proteína do peixe para sobreviver.

Diante disso, as populações tradicionais podem capturar 3 quilos, ou um exemplar de pescado, não podendo vendê-lo. É permitido, também, a pesca científica, autorizada pelo órgão ambiental.