Corumbá (MS)- Desde que o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), perdeu na urna, a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma onda de manifestações ilegais encabeçadas pelos autointitulados defensores da democracia, da pátria e da família brasileira, tomaram conta de diversas cidades brasileiras.
Uma das manifestações ilegais, tem sido difundido nas redes sociais através de grupos montados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, em que estimulam a disseminação de notícias falsas, discursos de ódio e xenofóbicos, além do incentivo a uma espécie de boicote, a comerciantes que eles atribuem o jargão de “petistas”.
No último final de semana, prints de pessoas contrárias ao conteúdo que vem sendo compartilhado até pelo grupo foram postados no facebook revelando os autores.
Comentários atribuem até comerciantes com descendência árabe como petistas e que as pessoas “de direita” não deveriam gastar o seu dinheiro com eles.
Sem qualquer fundamentação, o grupo ainda pede que a mensagem seja repassada adiante e que se, alguém souber de outros comerciantes que também se enquadrem nas condicionantes bolsonaristas, sejam acrescentados na lista já compartilhada.
MP irá investigar
As mensagens de apoio a boicote entre outras ilegalidades compartilhadas em grupos bolsonaristas, será alvo de investigação do Ministério Público Estadual.
De acordo com informações obtidas pela reportagem do Folha MS, a divulgação em massa nas redes sociais, por parte de grupos opositores, pode ganhar uma proporção maior e resultar em penalidades para quem encabeça o movimento.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o Ministério Público afirma estar analisando caso a caso, após listas de comércios “petistas” começarem a circular em modo “boicote”.
Na lista com comércios de Campo Grande, há empresas do ramo de cosméticos, alimentação, vestuário, pesca e até de ecoturismo. Além da capital, a situação foi registrada também em Corumbá, Dourados, São Gabriel do Oeste, entre outras cidades. No Pantanal, ao menos 28 comércios foram listados.
O Promotor de Justiça do Núcleo Eleitoral, Moisés Casarotto, confirmou o recebimento de ofício enviado por parte de alguns municípios do estado, comunicando a circulação dessas listas. Conforme o MPMS, as providências e medidas necessárias devem ser adotadas.