Puerto Quijarro (BO)- O Paro Cívico denominado de “medidas extremas” convocadas pelos Comitês Cívicos da Bolívia, entram nesta segunda-feira, 24 de outubro, no terceiro dia de ações que ocorrem em todo o país.
Em Puerto Quijarro, cidade que faz fronteira com Corumbá, o acesso de caminhões e veículos segue fechado. Apenas ambulância e veículos de emergência permanecem com a passagem liberadas.
Os atos tiveram início na madrugada de sábado (22), quando manifestantes fecharam o acesso do país bem como as principais vias que ligam as províncias até Santa Cruz de La Sierra, incluindo pontos de bloqueio na Rota Bioceânica.
O início do ato foi marcado pela tensão e confronto entre grupos cívicos e apoiadores governistas, contrários a convocação da paralisação geral.
Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas nos confrontos ocorridos na fronteira. Júlio Pablo Taborga, 47 anos, veio a óbito após ser golpeado na cabeça por manifestantes.
Segundo informações da imprensa local, neste domingo, 23 de outubro, Policiais do Departamento de Análise e Inteligência Criminal ( DACI ), executaram a operação de captura e, subsequente transferência, por via aérea, de Puerto Suárez ao aeroporto El Trompillo, na capital de Santa Cruz.
Rubén Mario F. G., Samuel R. M. e Jaime A. D., cidadãos cívicos de Puerto Suárez a quem o Ministério Público atribui a suposta prática do crime de homicídio, foram detidos sob protestos da população e denúncias de abusos das forças policiais.
Em Santa Cruz de La Sierra, sede administrativa da Bolívia, as manifestações também permanecem tensas e tanto lideranças do governo como dos cívicos parecem estar longe de um entendimento.
A Greve
De acordo com informações, a manifestação é em protesto contra o adiamento da realização de um censo populacional inicialmente marcado para acontecer neste ano. O governo, no entanto, teria anunciado o adiamento para 2024.