Um exame toxicológico confirmou que a cachorrinha Chloe, da raça spitz alemão, morreu intoxicada após ingerir o petisco “Dental Care”, produzido pela indústria Bassar. A cadela, que tinha 5 anos, morreu no início de agosto, mas a tutora só procurou a polícia em setembro após saber de outros casos pelo país.
Conforme o laudo do IALF (Instituto de Análises Legistas e Forenses), foi encontrado no petisco a substância chamada de etilenoglicol, “um diálcool largamente utilizado como um anticongelante automotivo”.
Os peritos detalham que este composto químico é inodoro, incolor, tem um sabor doce, porém, nocivo a ingestão é considerado “uma emergência médica”.
“A intoxicação por etilenoglicol pode afetar o trato gastrointestinal, fígado, cérebro e rins. Uma vez ingerido, é rapidamente absorvido pelo estômago, metabolizado no fígado e seus metabólitos levam à deposição de um grande de cristais de oxalato de cálcio dos túbulos proximal e distal. E este depósito de oxalato de cálcio leva a uma necrose e obstrução tubular, levando à morte”, conclui o laudo.
Relembre o caso
A cadelinha de cinco anos chamada Chloe, da raça Spitz, morreu no fim de agosto após ingerir um dos petiscos suspeitos de contaminação por substâncias tóxicas, em Campo Grande. O caso foi registrado pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista).
Nesta quinta-feira (20), a Decat recebeu uma nova denúncia sobre um cão intoxicado após a ingestão de um petisco da Bassar. O animal sobreviveu ao tratamento, mas, mesmo assim, o caso é investigado.
Outros casos
Em setembro, a fábrica de petiscos e rações animais foi interditada após a morte de nove cachorros em Minas Gerais e São Paulo. Fiscais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiram pelo fechamento após inspecionarem a unidade da empresa Bassar Indústria e Comércio Ltda, em Guarulhos (SP).