Na próxima terça-feira (23), os segredos para a boa convivência entre onça-pintada e produtores rurais no Pantanal serão revelados durante o evento “Desafios da convivência da produção e ativos ambientais”. O debate começa às 18h, no auditório da Famasul em Campo Grande. As inscrições são gratuitas e ao final será servido um churrasco pantaneiro. Clique aqui para participar.
A bovinocultura existe no Pantanal, casa das onças-pintadas, há mais de 300 anos. Promover a harmonia entre pecuaristas e o maior predador terrestre do Brasil será o propósito do encontro que quer promover os felinos a um ativo ambiental.
As respostas serão dadas pela ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), junto com o IHP (Instituto Homem Pantaneiro). “A inscrição para o evento é gratuita e nossa finalidade é reunir o máximo de pantaneiros para que possamos debater as alternativas que o cenário nos impõe. Trata-se de um sistema natural, em que diversos pecuaristas já registraram perdas na produção, devido a presença de onças. Mas compreendemos que esses felinos precisam ser vistos como ativos ambientais, aliás, é uma das maiores riquezas que temos no Pantanal”, explica o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.
Cercas com altura específica nas maternidades ajudam a mitigar o ataque de onças no Pantanal. (Foto: IHP)
A ideia é promover com o diálogo uma virada de conscientização, atrelando produção e sustentabilidade ambiental. O grupo já realiza um trabalho para valorização da carne pantaneira e querem aliar o ativo da biodiversidade como mais um fator importante agregado ao produtor de bovinos na maior planície alagada do Planeta.
A programação do evento contará com uma breve apresentação do presidente da ABPO, seguida de uma apresentação do presidente do IHP, Coronel Ângelo Rabelo, na sequência o produtor rural Daniel Marinho mostrará o aplicativo de rastreabilidade Agribov e por último acontece a palestra do veterinário do IHP e coordenador do programa Felinos Pantaneiros, Diego Viana, intitulada “Estratégias de convivência de produção e ativos ambientais”.