Campo Grande (MS) – Cartão Postal de entrada para o Pantanal, Corumbá recebe novamente a integração cultural dos povos do continente. O Festival América do Sul Pantanal, que teve seu lançamento nesta terça-feira, 10 de maio, une pela arte, gastronomia e inclusão pessoas de idiomas e costumes diversos, mas de muitas virtudes em comum. O ponto de encontro é a fascinante Corumbá, que irá ferver entre 26 a 29 de maio na décima sexta edição do evento, mais uma vez organizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Com programação intensa e totalmente aberta ao público, o Festival América do Sul Pantanal contará com apresentações musicais em dois palcos especiais: Integração, onde ocorrem os maiores espetáculos e Palco Rio Paraguai, com um som mais “intimista”. Michel Teló, Atitude 67, Mart’nália, Margareth Menezes, Monobloco e Marcelo D2 agitam o público junto a músicos de nosso Estado e de outros países sul-americanos. Uma programação plural, definitivamente para todos os gostos.
Neste ano, serão homenageados a artista plástica Lídia Baís, o escritor Lobivar de Matos e o historiador Augusto César Proença.
Palcos também não faltarão para as apresentações de grupos teatrais, circenses e de dança sul-mato-grossenses, que terão a companhia de grupos de outros Estados do País, além da Colômbia, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Peças que desvendam nossas alegrias e fraquezas, encantamento que o só o teatro é capaz de causar; coreografias impactantes, que unem energia e suavidade, a alegria e magia contagiantes do circo. Tudo aberto ao público, em espaços como escolas, comércio, em bairros de Corumbá, Ladário, Distrito de Albuquerque, Puerto Quijarro e Puerto Suárez, na Bolívia.
As tradicionais exposições de Artes Visuais e a Galeria do MARCO revelam muito sobre nossa cultura e, claro, também abrem espaço para as inspirações e a criatividade de artistas regionais e nacionais de diferentes perfis. Oportunidade para conhecer obras selecionadas por edital pelo Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul com suas múltiplas cores, formas e propostas. A Tenda dos Saberes Indígenas é uma excelente oportunidade também de vivenciar experiências de destaque da cultura indígena, como espaços para moda, artesanato e gastronomia.
O Pavilhão dos Países receberá as plurais inspirações de artesãos sul-mato-grossenses e de artistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Todas as peças, que revelam traços culturais marcantes de suas origens, serão comercializadas. Também serão realizadas oficinas de criação por mestres da área e confecção de carteiras nacionais de artesão, documento nacional que possibilita a venda de peças em eventos nacionais, como o próprio FASP e feiras pelo Brasil.
Programação musical do 16º Festival América do Sul
Quinta-feira (26) – Michel Teló, Cia Cortopinesis
Sexta-feira (27) – Atitude 67 e Rubem Rada
Sábado (28) – Marcelo D2, Margareth e Sofia Viola
Domingo (29) – Mart’nália e Hermanos Irmãos e Monobloco
Quebra-Torto
Pantaneiro em seu jeito, multicultural pela própria diversidade que acolhe. Música, contação de causos, lançamentos editoriais e debates em um espaço de grande beleza. Tudo isso com o gosto da culinária regional e sua deliciosa fartura. Café da manhã com jeito e sabor de almoço no campo, aliado ao visual do Porto Geral. O Quebra-Torto com Letras mais uma vez revela traços especiais de nossa cultura e do folclore do Estado. No campo da Literatura Latino-americana nesta 16º edição do Festival América do Sul Pantanal, o Quebra-torto com Letras tem o prazer de contar com a presença de grandes escritores que em seus textos revelam a natureza humana latino-americana: María Fernanda Ampuero (Equador), Maria Valéria Rezende (Brasil/São Paulo), Santiago Nazarian (Brasil/São Paulo), Márcia Medeiros (Brasil/Mato Grosso do Sul) e Tânia Souza (Brasil/Mato Grosso do Sul.
Homenagem
Nesse ano de 2022, comemora-se o ‘Centenário da Semana de Arte Moderna”. Homenagear o centenário da Semana de Arte Moderna brasileira no FASP é promover uma reflexão sobre os caminhos que nos trouxeram até aqui. É oportunizar a todos, independentemente de raça, credo, cor, sexo, e classe social, momentos de entretenimento, mas também de aprendizado. Ao rememorar momentos importantes da história humana, busca-se uma reflexão sobre a arte e cultura local. Um olhar diferenciado que leve em conta seu papel fundamental, enquanto pilar para o desenvolvimento sustentável e na garantia da equidade social. Serão homenageados a artista visual Lídia Baís e o escritor Lobivar de Matos.
Mostra Rua
Intervenção de rua – LGBTQIA+, intervenção com graffiti, batalha do porto. A arte em constante evolução que vem das ruas, da influência da cultura Hip Hop e que também prega a integração mais uma vez ganha espaço no Festival América do Sul Pantanal. As atividades acontecem no Porto Geral e nos bairros da cidade.
Cinema
Haverá duas sessões de cinema na Mostra Instituto Homem Pantaneiro, no dia 28 de maio, às 18 horas, com exibições dos documentários: Ruivaldo – O homem que salvou a terra (2022), de Jorge Bodanzky e Finado Taquari (2022), de Frico Guimaraes. Além, também, das sessões de cinema no Cine Solar. O CineSolar é o primeiro cinema itinerante do Brasil movido a energia limpa e renovável: a energia solar. Funciona através de duas vans, batizadas de Tupã e Mahura, que foram grafitadas e adaptadas com as placas fotovoltaicas e o sistema de conversão de energia e armazenamento, com 20 horas de autonomia. Cada sprinter também carrega 110 cadeiras e banquetas para o público e todo o sistema de som e projeção para o cinema. O espaço se transforma em uma estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz, onde o público é convidado a entender, de maneira descontraída e divertida, como a luz do sol se transforma em energia elétrica.
Celebração continental
Uma oportunidade de enaltecer nossas identidades culturais e a união de nações com trajetórias muito próximas. O Festival América do Sul Pantanal promove encontros que valorizam a diversidade cultural do continente, a criação e fruição de riquezas, o intercâmbio, a revelação de experiências e debates de temas relativos à cultura, à cidadania, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Para o presidente da Fundação de Cultura, Gustavo de Arruda Castelo, “após dois anos em que não pudemos realizar o FASP, voltamos com uma programação diversa e plural, para que turistas e população matem a saudade dos grandes festivais em Corumbá.